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O grito do museu

Embora estivesse previsto para este ano, o recente fechamento do Museu do Ipiranga, vinculado à USP, deu-se de modo abrupto, após uma vistoria técnica indicar riscos à integridade física dos visitantes e das peças ali abrigadas.

Além da recuperação da estrutura do prédio, que está comprometida, existe um projeto para implantar elevadores externos, ampliar os espaços destinados a exposições e construir novas áreas para manutenção do acervo --que reúne mais de 125 mil itens.

O Museu Paulista --este é seu nome oficial-- foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 com o objetivo de ser um marco no local simbólico do grito do Ipiranga. O edifício, que foi só parcialmente construído, passou a abrigar um acervo eclético, com ênfase em ciências naturais, proveniente de coleções existentes na cidade.

A partir de 1917, o perfil científico oitocentista começou a dar lugar a um projeto de museu histórico, com vistas a realçar a presença de São Paulo nas comemorações do centenário da Independência.

É sem dúvida uma boa notícia que a sede do Ipiranga venha a ser, enfim, recuperada e ampliada, com um investimento, já anunciado pela USP, de R$ 21 milhões.

Lamenta-se, porém, que burocracia e negociações com órgãos de preservação do patrimônio tenham consumido tempo em demasia, enquanto o prédio se deteriorava. Além de anos de má preservação, contribuiu para os problemas o uso, pela administração, de área destinada a ventilar a edificação.

Tratando-se de instituição de grande interesse público, é preciso que a universidade forneça dados mais precisos sobre a reforma. Até aqui a direção do museu limitou-se a divulgar um comunicado, no qual não se estipulam prazos.

Sabe-se que a perspectiva é ter a sede remodelada para as festas do bicentenário da Independência --mas até lá ainda faltam nove anos. Não parece razoável que os paulistanos tenham de esperar tanto para receber de volta seu museu.

A USP promete divulgar oportunamente novas informações sobre o projeto e o cronograma das obras. Seria bom que tais esclarecimentos não tardassem.


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