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Paula Cesarino Costa

A Copa do Brasil

RIO DE JANEIRO - Em 24 horas, mais de 2 milhões de pedidos de ingressos para jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Um torcedor que quiser assistir em um bom lugar a todos os jogos da seleção brasileira (sete, se chegar à final) gastará quase R$ 7.000. Claro, o melhor ingresso para a decisão da Copa, no Maracanã, custa R$ 1.980. Mas é possível ir a jogos por menos de R$ 100.

Há dez meses da abertura, muito dinheiro foi gasto em estádios --mas alguns não estão prontos--, muitas promessas foram feitas pelos governos --mas aeroportos continuarão deficientes e a (falta de) mobilidade ameaça marcar o evento.

Serão meses de tensão para a Fifa, a entidade mundial do futebol.

A Copa do Mundo ocorrerá em meio a um momento que se anuncia como singular na história do país, apesar da interpretação ainda inconclusa das manifestações que tomaram o Brasil.

Como e por que tanta gente quer ingresso e, ao mesmo tempo, outros tantos, em número até agora quase igual (se somados todos os que foram às ruas em junho), gritam contra a Fifa e a Copa? Não há necessariamente contradição. Quem disse que os que se manifestam nas ruas não vão também ver os jogos nos estádios?

Com certo desajeito de gringo no samba, a Fifa tenta entender os brasileiros e seus governantes.

Por que não foi feito nada entre 2007 e 2010? Por que quiseram tanto sediar a Copa? Por que jogam a culpa de todos os problemas na Fifa?

Serão 32 dias em que o país vai parar. A Fifa quer dias de festa. Espera todos juntos, como na África do Sul. O tipo de emoção que se viu lá, onde brancos e negros dividiam o mesmo espaço para festejarem não a seleção sul-africana, mas a Copa e a oportunidade de o país ser visto pelo mundo, não deverá ser igual por aqui. O Brasil hoje já é "visível". E não mais só pelo futebol.


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