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Opinião

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Intervenção em marcha

Ganha apoio político interno a iminente ação militar dos Estados Unidos na Síria, no que será a segunda intervenção internacional capitaneada pelo comandante em chefe Barack Obama.

A primeira, realizada mais de dois anos atrás, levou à deposição e morte do ditador líbio Muammar Gaddafi e contou com o respaldo de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Desta vez, é pouco provável que o presidente dos EUA consiga amparo semelhante --Rússia e China, que têm poder de veto, são contrárias à operação no país comandado pelo ditador Bashar al-Assad.

Por essa razão, e a fim de conferir alguma legitimidade ao ataque, Obama recorreu a expediente que não utilizou no caso da Líbia: pedir a autorização do Congresso norte-americano.

Ontem, o presidente pôde celebrar a primeira vitória política nessa empreitada. Republicanos e democratas aprovaram por 10 a 7, no Comitê de Relações Exteriores do Senado, o início das operações.

A medida, entretanto, proíbe o uso de forças terrestres americanas na Síria e restringe a 60 dias a duração dos ataques aéreos ao regime de Assad.

São condições razoáveis, e o próprio Obama tem reiterado que a ação militar será restrita e limitada.

Resta saber como vão se manifestar na semana que vem, em plenário, os senadores e deputados --a opinião pública nos EUA está dividida quanto ao tema.

Mesmo que a intervenção não seja aprovada pelos congressistas, Obama manterá seu plano de ação --até porque, nesse tipo de caso, ele não precisa da licença. Invocando evidências do uso de armas químicas --banidas por acordos internacionais-- contra a oposição síria, os Estados Unidos procuram preservar a credibilidade de suas ameaças.

Trata-se de mostrar ao Irã, à Coreia do Norte e ao grupo extremista libanês Hizbullah que não são apenas retóricas as intervenções dos EUA no plano global.

Obama comprometeu-se quando definiu o emprego de armas químicas como a linha vermelha que daria ensejo à intervenção militar.

Limites desse tipo sem dúvida implicam uma dose de arbítrio. Obama, no entanto, sempre poderá alegar que parte de suas motivações é humanitária e que sua ação corrige a omissão do Conselho de Segurança da ONU.


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