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Carlos Heitor Cony

Os espiões saem do frio

RIO DE JANEIRO - Na crônica anterior, comentei dois casos históricos de espionagem em países e governos. Foram executados com a tecnologia primitiva que estava à disposição. O método mais utilizado era o do espião físico, individual. Foi assim que Portugal tomou conhecimento da Inconfidência Mineira, graças a um delator cujo nome consta dos livros escolares.

Fizeram escutas clandestinas até no Salão Oval da Casa Branca --que provocaram a renúncia do presidente Nixon. Durante as guerras, a espionagem é considerada arma para se vencer uma batalha.

Com os recursos técnicos de hoje, pode-se supor que todos os movimentos e até intenções dos governos, das grandes empresas e até de alguns indivíduos, são rastreados, gravados em três dimensões. Com a ajuda dos satélites, do GPS e dos voluntários que adoram a espionagem na base do "ars gratia artis", é praticamente impossível manter a privacidade de qualquer governo ou cidadão do mundo.

O ataque ao World Trade Center, em 2001, foi objeto de comunicações oficiais que chegaram à mesa da então secretária de Estado, Condoleezza Rice, que achou a opera- ção tão fantástica que dela não tomou conhecimento.

Dizem que o ataque japonês a Pearl Harbor, que levou os Estados Unidos à Segunda Guerra, foi denunciado ao presidente Roosevelt, que precisava de um forte motivo para convencer o povo norte-americano a participar do conflito mundial.

Numa tarde de 1959, JK esteve sumido. O pessoal do Palácio Laranjeiras botou a tropa na rua para localizá-lo. A Embaixada dos Estados Unidos contatou o chefe de segurança presidencial e deu a dica: JK estava no cinema São Luís, sessão das 14h, acompanhado da esposa de um deputado da base parlamentar que o apoiava. "C'est la guerre. C'est l'histoire."


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