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Opinião

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Sinal negativo

Bastou uma chuva fraca, no início da semana, para que ao menos 70 semáforos de São Paulo sofressem os conhecidos apagões que atingem a rede de sinais de tráfego com infalível frequência.

O problema é antigo. Sucessivas administrações têm fracassado na tarefa de garantir aos paulistanos um trânsito que "funcione" --o uso da palavra é evidentemente impróprio-- sob chuva.

Durante o verão, quando os temporais são constantes, as falhas afetam parcela ainda mais significativa da rede semafórica da cidade, com seus pouco mais de 6.000 cruzamentos assim sinalizados. Em janeiro e fevereiro deste ano, houve um total de 6.508 panes, ou mais de cem por dia, na média --15% a mais que no ano anterior.

Os defeitos agora verificados poderiam representar um episódio menor, talvez um avanço, não fossem três aspectos relevantes.

Primeiro, se 70 semáforos deixam de funcionar após uma chuva leve, o paulistano tem motivos de sobra para se preocupar com o que poderá acontecer na época das tempestades, se nada for feito.

Mais inquietante, porém, é saber que pelo menos um dos semáforos quebrados estava entre os supostamente recuperados pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). De duas, uma: ou não houve recuperação de fato, ou a população deve esperar pouco dos reparos feitos pela atual administração.

Ambas as hipóteses são desalentadoras. Para piorar, esse mesmo sinal de tráfego permaneceu quebrado por mais de sete horas na manhã de terça-feira. Tempo não só suficiente para prejudicar a segurança de motoristas e pedestres, mas também superior ao limite de duas horas, estipulado pelo próprio prefeito, para os consertos.

Em abril, Haddad apresentou um plano para modernizar, até 2015, 4.800 cruzamentos com semáforos na cidade de São Paulo. O prazo está longe de acabar, mas já há razões para duvidar de que as promessas do prefeito nesse setor sejam menos vazias que as de seus antecessores.


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