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Carlos Heitor Cony

Emigrar é preciso

RIO DE JANEIRO - A semana passada começou com o alarme de uma agência ambiental. Até o ano de 2100, a temperatura do nosso planeta será tal e tanta que todos seremos extintos. Os dinossauros também entraram em extinção, embora existam alguns por aí, em diversas funções públicas e privadas.

Temos exemplos históricos de debandada coletiva. Em outros planetas do nosso sistema, a temperatura e os atentados ambientais obrigaram seus habitantes a emigrar. Assim, pelo menos, se explica o Super-Homem.

Um cientista local bolou um veículo espacial sem a ajuda da Nasa, nele colocou o filho recém-nascido, que veio parar na Terra, onde rapidamente obteve o "greencard" e descolou, não se sabe como, um uniforme que faria sucesso em Hollywood e nos Carnavais cariocas. Contrariando os seus poderes, tornou-se jornalista mal remunerado. Usava óculos e tinha uma visão de raio-X. Voava, punia bandidos e criminosos sem apelar para o Joaquim Barbosa.

Em geral, respeito avisos semelhantes, tudo o que existe, um dia, deixará de existir. O precedente do Super-Homem será a salvação da humanidade. Com a tecnologia que teremos daqui a 87 anos, poderemos emigrar em massa, escolheremos previamente o planeta que possa nos acolher e muito teremos de aprender ou ensinar a seus habitantes, conforme o grau de civilização que atingiram.

De nossa parte, se a tecnologia deles for superior à nossa, poderemos aprender a voar e punir bandidos e criminosos. Se for inferior, se eles ainda estão no estágio da pedra lascada, levaríamos na primeira turma da emigração o papa Francisco, todas as bandas existentes, menos a dos fuzileiros navais, algumas ONGs sortidas e o ministro Celso de Mello, que explicará, com a sabedoria que lhe é própria, o que são e para que servem os embargos infringentes.


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