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Datafolha
A nova classificação do Datafolha (esquerda/direita) é tão precária quanto a anterior (liberal/conservador). Basicamente porque se limita a uma única escala, quando seriam necessárias ao menos duas.
JOSÉ ELI DA VEIGA, professor titular da USP (São Paulo, SP)

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Excelente a última pesquisa Datafolha ("Poder", ontem). Bem realizada e analisada, mostrou o que nenhum sabichão parecia notar: que o eleitor brasileiro tem um perfil típico de direita, mas vota em candidatos de esquerda, pois não sabe o que significa esse negócio de esquerda/direita --se os eleitores soubessem, os candidatos de esquerda morreriam à míngua.
ALDO FELICIO NALETTO JUNIOR (São Paulo, SP)

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Não é correto descartar os indecisos ao computar os votos válidos e prever vitória no primeiro turno. A pretensão de anular ou não comparecer é completamente diferente de "ainda não sei". Uma parte dos indecisos pode migrar até para a candidata do governo, porém o mais provável é que os eleitores dela sejam os decididos, enquanto os que têm mais de uma opção na oposição sejam os que estão em dúvida.
SONINHA FRANCINE, ex-vereadora em São Paulo (São Paulo, SP)

RG
É impressionante como, no Brasil, aprovam-se leis, gasta-se dinheiro (do povo) e, depois de aprovada, uma lei pode simplesmente ser "engavetada". Enquanto isso, ocorrem absurdos como o que vimos na reportagem "Repórter tira carteira de identidade em 9 Estados" ("Cotidiano", "Primeira Página" e "TV Folha", 13/10), muito bem-feita.
LUIZ HOMERO S. MOUASSAB (Ubatuba, SP)

Mobilidade urbana
Estranhei a total ausência, no caderno especial sobre mobilidade urbana (12/10), da questão da descentralização regional da população de São Paulo, ou seja, da redução da demanda por mobilidade urbana como uma possível saída para o caos atual.
Com planejamento e investimentos públicos e privados para o desenvolvimento urbano sustentável, poderia ser viabilizada uma melhor redistribuição da população em São Paulo.
BRUNO ROBERTO PADOVANO, arquiteto e urbanista (Santana de Parnaíba, SP)

PCC
Repercutem as informações sobre o PCC, especialmente de que planejava matar o governador Geraldo Alckmin e resgatar presos no regime de segurança máxima. O governo, o Ministério Público e a polícia de São Paulo abortaram as ações.
É obrigação das autoridades e do poder constituído combater tanto essa como as demais organizações criminosas em operação no país. Também é seu dever enfrentar sem trégua e com rigor as diferentes formas de corrupção e ações que minam o poder de organização e controle do Estado brasileiro.
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES (São Paulo, SP)

Copa de 2014
Ainda faltam oito meses para a Copa começar, mas tente comprar passagens aéreas durante o torneio. O preço pode chegar a ser dez vezes maior ("Cotidiano" e "Primeira Página", ontem). Como querer alavancar o turismo durante o Mundial do Brasil com as passagens tão caras?
ANTONIO JOSÉ JUSTINO (Rio de Janeiro, RJ)

Inflação
No texto "Ao gosto do freguês" ("Opinião", ontem), Valdo Cruz toca num assunto extremamente importante. Só quem viveu a época da inflação alta pode saber dos transtornos causados por ela. O brasileiro aprendeu a conviver com uma moeda estável, e quem ameaçá-la será necessariamente derrotado.
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

Brasil cubano
Os votos comprados dos miseráveis, que os vendem em troca de bolsas e outras vantagens, em breve transformará este país em Cuba, por meio do "Fidel Castro brasileiro". Ele já começou confiscando o benefício previdenciário do idoso aposentado e pensionista em 11%, sem retorno ou qualquer vantagem. Atualmente, só confisca os que ganham acima do teto do INSS, mas, futuramente, irá confiscar a todos.
NEWTON FARO (Rio de Janeiro, RJ)

Biografias
Ao exigir autorização prévia para a publicação de biografias, Roberto, Erasmo, Chico, Caetano e Gil, entre outros artistas, implementam, na verdade, uma espécie de censura, com viés antidemocrático. Atitudes assim prejudicam a liberdade de expressão e o livre acesso a um bem comum: a informação.
ERIVAN AUGUSTO SANTANA (Teixeira de Freitas, BA)

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Realmente, a polêmica sobre as biografias foi exacerbada pela imprensa. Se há vários pontos de vista, tenho então o direito de ter o meu. Ora, se o editor ganha, se o livreiro ganha, se quem escreve ganha, por que o principal destaque (o biografado) não deve ganhar nada? Isso me parece injusto e desleal.
Se o biografado já morreu, seus herdeiros devem receber no lugar dele. Queiramos ou não, hoje em dia tudo funciona na base do dinheiro.
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA (Amparo, SP)

Duvivier
Estou maravilhada com o colunista Gregorio Duvivier ("Túnel do tempo", "Ilustrada", ontem). Ele foi chegando de mansinho, e eu já acordo na segunda-feira pensando: Oba! Hoje é dia dele.
SYLVIA MANZANO (Praia Grande, SP)