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Opinião

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A Copa perfeita

O sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014, realizado ontem na Bahia, encerrou um ciclo de expectativas e inaugurou outros. A partir de agora, as inevitáveis conjecturas sobre o desempenho das seleções serão feitas em bases um pouco mais sólidas, ainda que, por enquanto, tudo não passe de puro exercício da imaginação.

O Brasil teve sorte na definição de seus adversários na primeira fase. Diferentemente de Uruguai, Inglaterra e Itália --três campeões mundiais que disputarão duas vagas no Grupo D--, a equipe nacional não enfrentará nenhuma potência nas partidas iniciais.

Embora respeitáveis --e apesar dos conhecidos clichês acerca do acaso no futebol--, Croácia, Camarões e México não parecem capazes de impedir que os brasileiros se classifiquem até com facilidade.

Livre de um "grupo da morte", a seleção em tese terá melhores condições para se firmar, ganhar confiança antes da etapa eliminatória e conquistar de vez a torcida. E isso será crucial, pois o sorteio pode ter reservado ao Brasil uma das mais árduas sequências de adversários na história dos Mundiais.

Num exercício ao mesmo tempo razoável e otimista de previsão, pelo qual o time brasileiro chegaria à final, é possível que todos os confrontos sejam contra seleções campeãs: Espanha, nas oitavas; Itália ou Inglaterra, nas quartas; e Alemanha ou França, nas semifinais.

Superada essa trajetória sem precedentes, o Maracanã poderá, no dia 13 de julho, ser o palco de inédita e muito esperada final entre os rivais Brasil e Argentina, dois gigantes do futebol.

Elucubrações dessa natureza ocuparão nas próximas semanas não apenas os profissionais da mídia e do esporte, mas também os bilhões de adeptos que o futebol congrega em todos os quadrantes do planeta. Fazem parte do turbilhão de paixões que a Copa desperta.

Por serem anfitriões, os brasileiros sentem um sabor especial já nessas hipóteses. Decerto conhecem os problemas enfrentados pelo país na organização do torneio --do oportunismo político ao atraso ou cancelamento de obras, passando por custos que ultrapassam as previsões iniciais. Não é o caso de relegá-los a segundo plano.

Mas se nesse quesito o Brasil deixa a desejar, dentro de campo se desenha, ainda como fantasia, o roteiro de uma Copa perfeita. Vencê-la representará, sem dúvida, a superação de um trauma esportivo que perdura desde 1950.


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