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Kenneth Maxwell

O ano ruim de Obama

O ano de 2013 não foi bom para Barack Obama.

O principal problema que ele enfrentou neste ano foi a implementação desastrosa de sua singular realização legislativa: a lei que universaliza o acesso à saúde, de 2010, ou "Obamacare", como é mais conhecida.

O projeto de lei de reforma da saúde nunca foi popular.

As propostas contavam com oposição constante de muitos republicanos no Congresso, especialmente os representantes do Tea Party.

Mas ninguém negaria que uma reforma no sistema de saúde norte-americano era necessária há muito tempo.

Os Estados Unidos não podiam continuar excluindo de um sistema de saúde com preços acessíveis muitos dos membros mais pobres de sua sociedade.

A economia mais rica do mundo tampouco poderia justificar facilmente seu fracasso em incorporar todos os seus cidadãos a um sistema nacional de seguro-saúde com preços acessíveis.

Mas Barack Obama não acompanhou a situação com a devida atenção.

Delegou a subordinados a implementação do programa. Não dedicou atenção suficiente ao progresso do trabalho. Não reagiu aos alertas quanto a defeitos.

O site do governo para o novo sistema de saúde até agora não se provou capaz de atender às complicadas demandas de seus usuários.

Os norte-americanos costumam odiar normas impostas pelo governo mesmo em seus melhores momentos. E os requerimentos compulsórios que constam do projeto de reforma da saúde já foram revisados e postergados.

Como resultado, a reputação de Barack Obama foi prejudicada.

A entrada em vigor da reforma na saúde criada por Obama foi a principal notícia de 2013, de acordo com a pesquisa anual da agência de notícias Associated Press entre editores e diretores de jornalismo nos Estados Unidos, seguida pelo atentado durante a maratona de Boston e pelas dramáticas mudanças papais no Vaticano.

A mais recente pesquisa de opinião CNN/Opinion mostra que 62% dos norte-americanos se opõem ao Obamacare.

Mas muito mais sério para o presidente é o abalo em sua reputação pessoal. As opiniões negativas sobre Obama chegaram aos dois dígitos em neste ano.

O número de pessoas que o veem como "não confiável" cresceu em 15%, e o das que não o veem como "líder forte" cresceu em 11%.

O número de pessoas que consideram que ele não seja "capaz de garantir que as coisas aconteçam" subiu em 14%.

Não são resultados animadores. E Obama ainda tem três anos de mandato pela frente.


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