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Opinião

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Painel do Leitor

A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

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Ucrânia
Minha mãe e minha tia são de Simferopol, capital da Crimeia, e sempre se apresentaram como russas. Quando perguntam a origem do meu nome, sempre digo que sou filha de pais russos, nascida em Berlim e naturalizada brasileira. Em todos os lugares que visitei lá em 1998 só se falava russo. Ouvi ucraniano apenas na TV, na dublagem da novela "O Rei do Gado". Desde então, a situação econômica pouco mudou: o dinheiro é contado, as subvenções para moradia e serviços básicos só favorece aos muito idosos e os jovens estão desanimados. Sorte que o conflito é político-econômico, o que as pessoas podem resolver. Torço para que o façam com bom senso.
SVETLANA NOWIKOW (São Paulo, SP)

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O comentário do leitor Nasser Rabeh (Painel do Leitor, ontem)deveria ficar claro para todos. O propósito de Putin com a invasão da Crimeia nada tem de humanitário. É, sim, uma ação econômica. A questão humanitária há muito deixou de ser a motivação do mundo, infelizmente. Se fosse, estaríamos nos mobilizando para salvar países da África que sofrem com fome e doenças.
CECÍLIA FRANÇA, jornalista (Londrina, PR)

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O artigo do historiador Kenneth Maxwell ("Crimeia", "Opinião", ontem) me fez lembrar uma passagem do livro "O 18 Brumário", de Karl Marx, em que o autor aponta a ideia de que as coisas acontecem duas vezes na história, sendo a primeira por tragédia e a segunda, por farsa. O Império Russo do século 19 e o de Putin representam, respectivamente, a tragédia e a farsa.
ANDERSON CIRINO DA SILVA, historiador (Arujá, SP)

Justiça
Quando se pensa que já se viu de tudo, aparece uma notícia como essa, sobre a juíza que julgava os próprios processos ("Juíza decidia processos em que ela mesma aparecia como autora", "Poder", ontem). Sugiro que nos próximos concursos para magistrados sejam feitos exames psicotécnicos e que avaliem os conhecimentos jurídicos dos candidatos, antes que a gente enlouqueça diante do noticiário.
NILTON NAZAR (São Paulo, SP)

Carnaval
Alan Gripp ("Lepo Lepo paulistano'", "Opinião", ontem) se engana ao afirmar que o "Carnaval de rua de São Paulo pegou no tranco". Não pegou. O bloco Acadêmicos do Baixo Augusta arrastou uma multidão, mas tocou poucas marchinhas e sambas. O dinheiro público trouxe o bloco carioca Sargento Pimenta, que não toca Carnaval, mas Beatles em ritmo de marcha. No Rio, o ressurgimento dos blocos se deve a uma saudade dos velhos Carnavais. Se os blocos continuarem não fazendo Carnaval por aqui, nossos foliões continuarão a viajar para o Turcomenistão.
DAVID NETTO, jornalista e fundador da União das Escolas de Samba Paulistanas (São Paulo, SP)

IPTU
O artigo do professor Fernando Rugitsky ("Injustiça tributária", Tendências/Debates, ontem) merece duas considerações: 1) sendo um tributo real e não pessoal, o IPTU é pago por quem detém o imóvel, o que faz com que a grande legião de locatários residenciais suporte-o, o mesmo ocorrendo com os médios e pequenos empresários que estão em estabelecimentos locados. Não é, pois, instrumento de distribuição de renda para esses cidadãos; 2) propõe o aumento da tributação de IPTU sem propor a redução dos tributos indiretos, o que elevaria ainda mais a carga tributária de 37% do PIB, superior a de EUA, China e Japão. Por isso, o voto do desembargador Péricles Piza não teve "cheiro azedo", pois descreveu a realidade paulistana. É de se lembrar que o orçamento da cidade de São Paulo (cerca de R$ 50 bilhões) é semelhante ao do Estado do Rio Grande do Sul, sendo o maior que a cidade já teve, mesmo sem a inconstitucional elevação barrada pelo TJ-SP.
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, jurista (São Paulo, SP)

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Fernando Rugitsky erra ao analisar a desigualdade de renda no Brasil à luz da carga tributária. O IPTU nunca foi tributo distributivo. O articulista deveria reverberar contra os tributos sobre a renda, o consumo e o setor produtivo, que são um cipoal de iniquidade fiscal, que fazem com que os mais pobres paguem proporcionalmente mais tributos do que os mais ricos.
JOSÉ CRETELLA NETO, advogado (São Paulo, SP)

Cultura
Como católico, senti-me ofendido com a reportagem "Religiosos se unem contra Jesus Cristo Superstar'" ("Ilustrada", 26/2). É lamentável que a Folha tenha dado tanto espaço a grupos remanescentes da antiga Tradição, Família e Propriedade. Associações como a Devotos de Fátima e Sagrado Coração de Jesus não me representam, assim como não representam os pensamentos da Igreja Católica. Estou de acordo com o que diz o representante da Arquidiocese de São Paulo: o musical "Jesus Cristo Superstar" não desrespeita Jesus. O que o desrespeita são as posturas reacionárias de grupos de extrema direita que dizem falar por ele.
MARCELO MENNA BARRETO (São Paulo, SP)

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Como não ficar horrorizado com o grau de crueldade do ser humano mostrado no filme "12 Anos de Escravidão"? Há demonstrações de que até citações bíblicas podem ser usadas para justificar interesses sórdidos. Quantas justificativas da sociedade da época para aplacar qualquer sentimento de injustiça. Quantas regras para respaldar a crueldade e a insensatez. Apesar de retratar um passado não tão distante, transpondo para os nossos dias, pergunto-me: Qual será a nossa escravidão atual? Com a resposta, fica claro que, o filme é mais atual do que parece.
MARCELO ROSA DE REZENDE (São Paulo, SP)


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