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Paula Cesarino Costa

Tiro fora da meta

RIO DE JANEIRO - De um dia para o outro, o Rio amanheceu azul e branco. Não eram, ainda, torcedores de Argentina ou Itália. São carros da PM em posições ostensivas sobre muitas calçadas cariocas. A centenária ronda a pé foi retomada. Está nas ruas o esquema especial de segurança para a Copa do Mundo. Normalmente, cerca de 1.000 PMs fazem o policiamento. Serão 8.000 até o início do torneio.

A gestão do secretário José Mariano Beltrame implantou a política das Unidades de Polícia Pacificadoras e vinha reduzindo os índices de criminalidade desde 2008. Agora, a situação se complicou, com o crescimento preocupante da criminalidade.

De janeiro a março, na comparação com 2013, a chamada letalidade violenta (homicídios, latrocínios, mortes pela polícia e lesão seguida de morte) subiu 25%. Os roubos a transeuntes e em coletivos, somados aos de celulares, aumentaram 46%, e os a estabelecimentos comerciais, 55%.

O dado mais simbólico é a diminuição do número de batalhões, delegacias e policiais premiados por terem cumprido a meta estabelecida de redução de crimes. Criado em 2009, o projeto chegou a premiar quase 30 mil policiais em 2010 e 2011. Em 2013, menos de 11 mil, sendo no segundo semestre apenas 2,9 mil.

Das 41 Áreas Integradas de Segurança Pública, que agrupam um batalhão da PM e delegacias, só três cumpriram suas metas no segundo semestre (93% fracassaram) e 6 no primeiro (85% falharam). Antes, houve semestre em que 56% atingiram o objetivo. Tiros fora da meta.

Beltrame disse na premiação: "Vocês são os melhores policiais do país. Tiraram o Rio do segundo lugar no ranking de cidade onde mais pessoas morrem. Hoje, estamos na 18ª colocação. É uma grande vitória!". Mas o jogo não está ganho. Com o fracasso do cumprimento de metas, a segurança no Rio está perdendo de goleada. E a Copa ainda nem começou.


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