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Opinião

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Grandes esperanças

Seleção brasileira demonstra bom futebol no segundo tempo da partida contra Camarões e passa com ânimo para a fase decisiva da Copa

Um alento. É difícil encontrar palavra melhor para descrever o segundo tempo que o Brasil jogou ontem contra Camarões. Pela primeira vez nesta Copa do Mundo, nossa seleção demonstrou capacidade de congestionar o setor defensivo e qualidade para tocar a bola no campo ofensivo.

Os 4 a 1, ainda assim, soam exagerados pelo que o "escrete canarinho" mostrou ao longo da partida. Espera-se um placar dilatado como esse quando uma das equipes dá poucas chances à outra. Não foi o que aconteceu.

Nos primeiros 45 minutos, a seleção brasileira só conseguiu se aproximar do gol camaronês com lançamentos feitos pelos zagueiros, cuja função básica não é articular jogadas. No que lhes toca, a defesa da própria meta, encontravam dificuldades pela ausência de cobertura dos meio-campistas.

A falta de harmonia entre os setores foi corrigida no intervalo, com a escolha de Fernandinho para o lugar de Paulinho. Se o técnico Luiz Felipe Scolari havia feito substituições pouco efetivas no jogo anterior, contra o México, dessa vez as mudanças provocaram o efeito que toda a torcida brasileira desejava.

Mais compacto, o time não correu perigo na segunda etapa, e a vitória pareceu natural. Neymar, autor de dois gols e ora o artilheiro do Mundial, com quatro, pôde descansar nos minutos finais --evitando o risco de ser advertido com um cartão amarelo que lhe excluiria da partida seguinte.

A partir de agora, todos os jogos serão decisivos. O próximo adversário, o Chile, classificou-se num grupo em que os favoritos eram Holanda e Espanha. Se tem menos tradição em Mundiais, nem por isso representará obstáculo menor na caminhada em direção ao hexa.

Acabou a fase das experiências; cabe agora optar pelos jogadores que formaram o time mais eficiente. Esta regra, válida em qualquer torneio, merece ser observada com maior atenção numa Copa em que os chamados azarões têm superado equipes renomadas.

Entre os principais candidatos ao título, somente a França mostrou-se sólida nas suas partidas. Mesmo a Holanda, que venceu seus três jogos, quase tropeçou na frágil Austrália. A Alemanha, por sua vez, que impressionou ao golear Portugal, não fez mais que empatar com Gana na segunda rodada. Isso para nada dizer de Espanha e Inglaterra, já eliminadas.

Assim contextualizada, a campanha brasileira, se não empolgou em campo, tampouco anulou o favoritismo que a história assegura à nossa seleção. Sem jogadores suspensos ou lesionados e terminando a primeira fase em alta, o time deu à torcida bons motivos para manter vivas as esperanças.


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