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Paula Cesarino Costa

Ressaca e redenção

RIO DE JANEIRO - No domingo, o país experimentará misto de alívio, ressaca, orgulho e desilusão. Terminada a Copa, finalmente 2014 terá começado. A previsão antecipada de caos deu lugar ao sucesso absoluto. Estrangeiros elegeram o Brasil anfitrião sem igual para a Copa.

Qualquer que seja o campeão, os brasileiros saem vencedores desta Copa. A ponto de o "Financial Times" afirmar: "É uma sensação desconcertante visitar um país onde quase todo mundo é agradável".

Sucesso e paparicação perigosos, quando se imagina que há um imenso caminho a ser percorrido até a Olimpíada em 2016. Sem querer repetir o discurso de antes da Copa, há muito a ser feito. A agonia do cronograma das obras continuará.

O Rio passou no teste, até agora, nos seis jogos do Mundial que recebeu. Foram eventos espalhados em um mês, em um único estádio, localizado em região quase central. Copacabana, acostumada às multidões, absorveu --encantada e encantadora-- os milhares de torcedores que inundaram suas ruas.

Na Olimpíada, os padrões mudam. São mais de 40 modalidades, envolvendo cerca de 10 mil atletas (sem considerar jornalistas e público) de quase 200 países e com competições diárias por duas semanas. Há coincidências e imbricações entre esses eventos e seus organizadores.

O escândalo dos ingressos, que já levou 12 pessoas à prisão, carimba a inexistência do chamado padrão Fifa dentro da Fifa. Acende um holofote sobre corrupção que envolve a cartolagem. No topo do esquema ilegal, um diretor de empresa parceira da Fifa. A polícia também investiga o envolvimento de familiares de um membro do Comitê Olímpico Internacional. Tudo serve de alerta.

Em 2016, ainda corremos o risco de um Maracanazo. O Maracanã será o palco da disputa pelo primeiro lugar no futebol: Maracanazo ou chance de ouro de redenção?


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