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Orlando Diniz

Para fortalecer a representação

Incrementar a produtividade exige a coordenação de esforços entre diferentes níveis de governo e entre os setores público e privado

A crescente interdependência dos mercados, a nova geografia da produção e da inovação, a formação de cadeias globais de valor exigem produtividade de todos os setores da economia. Melhorar a produtividade é condição para o desenvolvimento de viés sustentável e para a elevação dos salários reais, com impacto positivo no esforço de diminuição da desigualdade social.

O incremento da produtividade --que dará maior competitividade ao país-- exige estratégia e coordenação de esforços entre níveis de governo e entre os setores público e privado. Isso requer a mobilização dos empresários e uma representação político-institucional à altura dos desafios postos.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) congrega e coordena os setores do comércio, serviços e turismo no país e, como tal, deveria nos representar de forma veemente, a exemplo do que ocorre, por exemplo, na indústria e na agricultura. O formato de sua atuação, no entanto, não mais atende aos nossos legítimos interesses. Uma nova agenda deve nos mobilizar e colocar a confederação no debate das grandes questões nacionais.

É hora de inovar para romper a indesejável dicotomia entre a importância que temos e a nossa realidade institucional. O setor emprega cerca de 40 milhões de pessoas e conta com mais de cinco milhões de estabelecimentos no país, cujo desempenho impacta outros 56 setores da economia. Fortalecer a representação começa por uma atuação de fato no Distrito Federal, junto às instâncias decisórias. A CNC tem jurisdição em todo o território nacional e, conforme o estatuto social e o decreto de sua criação, sede administrativa em Brasília. A CNC, no entanto, opera primordialmente no Rio de Janeiro.

É igualmente necessário renovar os quadros da entidade. A eleição à presidência da confederação, em 25 de setembro, deve firmar o compromisso de alternância de poder com a fixação de apenas uma reeleição para o mandato de quatro anos.

O atual presidente está no cargo há 34 anos, uma hegemonia que não condiz com o ambiente democrático. O momento é de união em torno de uma plataforma inovadora, como a que defendemos, que contemple a modernização e profissionalização da gestão, com viés participativo e foco em metas e resultados, priorizando a transparência nos investimentos e aplicação.

A Fecomércio do Rio inovou ao criar o Mapa Estratégico, em parceria com a Fundação Getulio Vargas, para orientar sua atuação e profissionalizou a gestão com executivos do mercado. Deu um salto qualitativo para atender ao dinamismo dos comércios nacional e mundial. Hoje somos pautados por uma agenda legislativa de interesse para o setor e buscamos nos aproximar das congêneres internacionais.

A educação é a base da inovação. Por isso, pensamos que a Confederação Nacional do Comércio deve avançar na ampliação de intercâmbios, parcerias e mecanismos que permitam a maior qualificação de suas empresas e sindicatos, que resultem em vantagens competitivas, e no aprimoramento profissional dos recursos humanos do comércio e do setor de serviços.

Como o país se ajusta às operações de baixo carbono, é hora de contribuir com esse processo. A estratégia é produzir com baixo custo e mais eficiência energética, rumo a um novo padrão industrial e de serviços. Como isolar a Confederação Nacional do Comércio dessa agenda?


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