Folha de S.Paulo

Painel do Leitor

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Marina Silva

Fantástico o artigo "Desvendando Rogério", de Edson Barbosa (Tendências/Debates, 3/9). Acredito que falou por milhões de brasileiros --84% dos quais acreditam em Deus ou em um criador. Serão todos portadores de "desordem do desenvolvimento neural"? O que está em jogo é pura e simplesmente a escolha de um representante à altura da soberania desse imenso e lindo país. São necessárias mudanças para a política atual alcançar sua dignidade roubada.
LEANDRO ALVES DE SOUSA (São Paulo, SP)

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O artigo de Edson Barbosa mostra que o sectarismo e o fundamentalismo estão enraizados na equipe de Marina Silva. Quando diz que "Marina acredita que o ser humano é uma criação de Deus" enquanto outros "acreditam que os seres vivos vieram de uma ameba", ele mostra a sua total ignorância dos avanços científicos. O mundo está cheio de demônios medievais que insistem em viver em pleno século 21. Se eleita, esperamos que Marina saiba separar suas crenças pessoais das decisões que terá de tomar na condução de um Estado laico.
PAULO BEDAQUE, físico e professor (Vinhedo, SP)

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Não há como não enxergar na Folha um jornal plural, no qual o cidadão pode dispor de colaboradores como Rogério Cezar de Cerqueira Leite, autor do polêmico artigo "Desvendando Marina" (Tendências/Debates, 31/8). Nesta quarta (3), fomos presenteados com o artigo do jornalista Edson Barbosa, que conviveu com Marina. Após sua leitura cada leitor/eleitor pode tirar suas próprias conclusões. Inclusive eu, eleitor confesso de Aécio Neves.
PEDRO GOMES DE MATOS NETO (Fortaleza, CE)

Eleições

A data do pleito está próxima. Espero que os eleitores saibam escolher seus candidatos, excluindo totalmente os corruptos, os vendedores de ilusões e os degeneradores da sociedade, nocivos à pátria. Coloquemos nos cargos aqueles querem o bem do país, amenizem o sofrimento dos pobres e façam uma devassa apurando os enriquecimentos ilícitos nos últimos 20 anos. Que modifiquem as leis atuais (frouxas) e criem a prisão perpétua para crimes hediondos (terrorismo, desvio de dinheiro público).
CYNTHIA LIBUTTI MACIEL BRABO (Santos, SP)

José Serra

Sobre a nota "Ranking", publicada nesta quarta (3) pela coluna Mônica Bergamo, esclarecemos que a declaração atribuída ao candidato José Serra é falsa. Fomos procurados pela reportagem por volta das 13h. Respondemos menos de duas horas depois, mas nos foi dito que a coluna já estava "fechada" e sugerido o envio de carta. É o que nos restou.
FÁBIO PORTELA, coordenador de imprensa da campanha de José Serra (São Paulo, SP)

RESPOSTA DA COLUNISTA MÔNICA BERGAMO - A declaração "Ela cobra mais do que eu", sobre o valor recebido por Marina Silva por palestras, é verdadeira e foi ouvida com clareza por profissional da equipe de reportagem da Folha.

Crise da USP

Na reportagem "Se fosse particular, USP já teria falido, diz consultor" ("Cotidiano", 3/9), Carlos Monteiro, que atua em reestruturação de instituições de ensino privadas, afirma que foi uma atitude corajosa da USP adotar "medidas típicas do mundo empresarial" para solucionar sua crise. Seguindo o modelo empresarial, só falta " buscar receitas com pesquisas que tenham a finalidade de gerar negócios". E assim transformamos a USP, patrimônio público da sociedade, num bom negócio para futuras gerações!
ANA FANI ALESSANDRI CARLOS (São Paulo, SP)

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Se é verdade que o Conselho Universitário é a instância máxima de decisão na USP, também é verdade não ser fácil conhecer seus membros ("USP aprova plano de demissões voluntárias", 3/9). Há pautas e atas defasadas no site --as últimas são de março. Os presentes nas reuniões e como votaram, nem pensar. Não é difícil manter um site atualizado.
SERGIO TIEZZI (São Paulo, SP)

Educação

O professor Nelson Hein (Painel do Leitor, 2/9) talvez nunca tenha trabalhado em escola pública na periferia. É um equívoco pensar que não é imanente ter as novas tecnologias em sala de aula. O tempo hoje é outro. Os alunos vivem na sociedade da imagem, dos 15 minutos de glória.
DOMINGOS JOSÉ DE SOUZA, professor (Belo Horizonte, MG)

Desempenho do PIB

O economista Jim O'Neill, criador do acrônimo Brics, declarou que, quanto mais tempo o real ficar supervalorizado, maior será a queda da indústria brasileira. Sua profecia vem se realizando de forma alarmante, sem que o governo mude a política atual. Com isso o PIB caminha para tornar-se negativo. Será que os políticos têm consciência do desastre, ou são desprovidos de qualquer compromisso com o país? Deveria haver uma reação mais forte dos industriais, ou os poucos que são beneficiados pelo BNDES não querem mudanças?
JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, BH)

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Será que o governo não vai explicar que essa alta de 0,7% na produção industrial foi devida a uma comparação com um mês de junho atípico, cheio de feriados por conta da Copa do Mundo, e que não reflete aumento algum ("Após 5 quedas, indústria sobe 0,7% em julho", "Mercado", 3/9)? Quando a maior quantidade de feriados da história do Brasil permite que saia um índice favorável, o governo se cala e comemora o aumento fictício.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Decapitações

Quando eu era estudante, ouvi muito sobre o apogeu e a decadência de civilizações: egípcios, persas, gregos, Império Romano. Ao que parece, nossa civilização inicia sua decadência com a banalização de decapitações: Pedrinhas (MA), Estado Islâmico e o presídio no interior do Paraná.
CARLOS EDUARDO F. C. BITTENCOURT (Campinas, SP)