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Paula Cesarino Costa

A disputa se afunila

RIO DE JANEIRO - A disputa pelo governo do Rio anunciava-se acirrada desde o início. Quatro candidatos embolados, cada um com uma expectativa: Garotinho (PR) sonhando voltar a viver no palácio, Crivella (PRB) acreditando que desta vez começaria e terminaria na frente, Lindbergh (PT) imaginando ter chegado a sua hora, montado no prestígio do Lula, e Pezão (PMDB) torcendo para que esquecessem Sérgio Cabral e descobrissem quem ele é.

A menos de um mês da eleição, a campanha já está polarizada entre Garotinho e Pezão, com os mesmos 25% de intenção de voto, segundo o Datafolha. Crivella, com 19%, e Lindbergh, com 12%, estacionaram.

A corrida eleitoral se dá entre aqueles que estão no poder no Estado há mais de 15 anos. Garotinho foi governador, eleito em 1998, e secretário de sua mulher Rosinha, eleita em 2002. Pezão foi secretário de Governo de Rosinha e vice-governador e secretário de Sérgio Cabral, eleito em 2006 e reeleito em 2010.

Apesar do passado político comum dos candidatos, o perfil atual dos eleitores de cada um é radicalmente oposto. Os que afirmam votar em Garotinho são mais pobres, têm menor escolaridade, estão no interior do Estado e são evangélicos. Os que dizem apoiar Pezão são mais ricos, mais escolarizados, vivem na capital e são católicos e espíritas.

Pouco conhecido antes da campanha e com muito tempo de propaganda na TV, o atual governador está conseguindo reverter a má avaliação do governo que herdou de Cabral. Seu programa de TV é tão eficiente quanto caro. Num raro movimento, apesar da super exposição, mantém inalterada a rejeição, de 19%.

Fazer previsões em eleição é arriscado. Diferentemente da corrida presidencial, o tempo escorre e parece pender contra Garotinho. O ex-governador fará história se for eleito chegando ao 2º turno com a rejeição de quase metade do eleitorado --46%.


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