Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Opinião

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Sem calmaria

Pesquisas de intenção de voto parecem indicar um cenário eleitoral consolidado, mas candidatos partem para ataques cada vez mais duros

Após quase um mês navegando em mar revolto, os principais candidatos à Presidência da República encontraram, na mais recente pesquisa Datafolha, sinais de que, por ora, a tormenta cessou.

Respondia pelo nome Marina Silva a onda que agitou as águas eleitorais. Assumindo a candidatura do PSB depois que Eduardo Campos morreu num acidente aéreo, em 13 de agosto, a ex-senadora logo alcançou 34% das intenções de voto, mesmo patamar da presidente Dilma Rousseff (PT).

Em sua trajetória, Marina arrastou, primeiro, parte dos eleitores indecisos; depois, uma fatia dos apoiadores de Aécio Neves (PSDB) --o tucano caiu de 20% para 15%. Diante desse ímpeto, muitos apostaram que a pessebista deixaria também Dilma a ver navios.

A previsão, ao menos por enquanto, não se concretizou. No levantamento divulgado anteontem pelo Datafolha, Marina aparece com 33%, e Dilma, com 36%.

Se, no primeiro turno, a diferença entre as duas aumentou, ela diminuiu no segundo. É que a ex-senadora, na simulação de confronto direto com a presidente, chegou a abrir dez pontos de vantagem (50% a 40%), mas agora dista apenas quatro (47% a 43%).

Considerando a margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais, ambos os cenários apontam para uma situação de empate. Torna-se impossível, além disso, afirmar que a petista está num caminho ascendente, aproveitando o refluxo do vagalhão. Talvez o próximo levantamento autorize conclusões mais peremptórias.

Até lá, a pequena oscilação será motivo de orgulho tanto para o entourage dilmista como para o séquito marinista. Num caso, pela superioridade numérica no primeiro turno e pela recuperação no segundo; no outro, por ter resistido aos duros golpes que passaram a ser desferidos na semana passada.

A Aécio restará uma frágil esperança. Na disputa pela Prefeitura de São Paulo, em 2012, Fernando Haddad (PT) computava, no levantamento finalizado em 19 de setembro, os mesmos 15% que hoje tem o tucano. José Serra (PSDB) conquistava 21% das preferências, atrás de Celso Russomanno (PRB), 35%. O então líder nem chegou ao segundo turno, e Haddad foi eleito.

Não chega a ser uma boia de salvação, mas o tucano dificilmente encontrará algo melhor para se apoiar. Também ele, assim, vai para o ataque contra Marina e faz, nesse caso específico, uma dobradinha com Dilma. Será assim, ao que parece, até o dia 5 de outubro.

Pode ser que as pesquisas de intenção de voto tenham chegado a um remanso. Entre os candidatos, como se vê, não existe o menor indício de que haverá calmaria.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página