Folha de S.Paulo

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Eleições 2014

A menos de um mês do primeiro turno da eleição, os dois partidos (PT e PSDB) que têm nomes lançados para concorrer à Presidência há mais tempo ainda não têm um programa de governo pronto ("Dilma suspende programa de governo após impasse", "Primeira Página", 18/9). Parece-me sinal sintomático de como os candidatos e seus respectivos partidos tratam com pouco-caso e pouca inteligência as eleições e, principalmente, a nós eleitores. Dilma Rousseff e Aécio Neves acham que nós escolhemos nossos candidatos baseados em quê? Promessas? Campanhas esteticamente bem montadas?
ANTONIO ANGELO FERREIRA RAPOSO (São Paulo, SP)

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É uma pena que a Folha tenha destacado um eleitor de Marina que estava em Campinas para protestar contra Dilma ("Estudante protesta contra Dilma em Campinas", "Poder", 18/9) e tenha se esquecido de relevar a presença de milhares de pessoas, que como eu, lotaram o centro da cidade para receber, ouvir e aplaudir a presidente Dilma.
MARIA LIGIA DE OLIVEIRA AMENDOLA (Campinas, SP)

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Os dois últimos parágrafos do artigo "Propaganda não decide eleição" (Tendências/Debates, 18/9), de Carlos Eduardo Lins da Silva, fazem eco ao que eu penso. Candidatos pelo Brasil subestimam a capacidade do eleitor.
DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)

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Sou contra a reeleição de políticos em cargos majoritários. Acredito que cada Estado deveria ter independência para promover debates e até um plebiscito sobre a questão. Muitos governantes são reeleitos --muitas vezes sem mérito para isso. A obrigatoriedade do voto é outro tema que deveria entrar nesse rol.
CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)

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Jorge Mattoso e Pedro Rossi insistem em atacar rotulando-me com modelos da sua imaginação ("Dois projetos econômicos em disputa", Tendências/Debates, 18/9). Tenho dito que o crescimento do salário até agora foi uma boa notícia. Para que ele continue crescendo, serão necessários mais investimento e mais produtividade. Aqui o modelo atual põe em risco salários e políticas sociais. Mas o tema principal de meus dois artigos recentes é a falta de compromisso com a verdade no debate público. Lamento que a questão tenha sido ignorada pelos autores, que não se dignaram de pedir desculpas por sequer uma das mentiras e impropriedades que apontei em meus artigos. O debate sereno só pode ocorrer a partir da verdade.
ARMINIO FRAGA, economista da campanha do candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves (Rio de Janeiro, RJ)

Confronto em SP

A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública estranha que não conste de nenhum dos textos Folha sobre os tumultos no centro na terça (16) um personagem fundamental: o Poder Judiciário, que determinou que fosse realizada a reintegração de posse de um prédio invadido na av. São João após ação judicial movida pelo proprietário do imóvel. A ausência de referências à ordem judicial para reintegração empobrece a cobertura dos fatos e a leitura que a sociedade faz desse fenômeno social.
LUCAS TAVARES, coordenador de imprensa e comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA ANDRÉ MONTEIRO - A reintegração de posse é, obrigatoriamente, o cumprimento de uma decisão judicial.

Eike Batista

Fiquei comovido ao ler a entrevista de Eike Batista, o ex-bilionário que afirma estar sofrendo com o baque de retornar à classe média endividada ("Voltar à classe média é um baque gigantesco", "Mercado", 18/9). Gostaria muito de saber a que tipo de classe média ele pertence. Sugiro que ele venda os bens doados a seus filhos --sacrifícios devem ser compartilhados por toda a família. Com o dinheiro obtido, poderia pagar algumas de suas dívidas. Quem merece pena mesmo são os cidadãos da classe média verdadeira que perderam ao aplicar em ações das empresas X.
LUCIANO NOGUEIRA MARMONTEL (Pouso Alegre, MG)

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Eu sei que a classe média brasileira tem alguns níveis, mas esse do qual Eike Batista diz agora fazer parte, possuindo um jato executivo e uma mansão de R$ 10 milhões, eu desconhecia.
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

Oriente Médio

Acerca da questão israelo-palestina, o sr. Jorge Zaverucha ("Bem antes de Gaza-2014", Tendências/Debates, 17/9) não deixa dúvida de que a responsabilidade por mortes, humilhações e discriminações pelas quais passam os palestinos são de responsabilidade de seus líderes, bem como os assentamentos ilegais na Cisjordânia, considerados assim por diversas entidades internacionais, incluída a ONU.
MAURÍCIO SARAIVA DE CAMPOS (São Paulo, SP)

Ciclofaixas

Tenho 40 anos e sou ciclista desde os oito --fui campeão de bicicross aos 10. O sr. Fabio Ocaña, ao dizer que as ciclofaixas que estão sendo criadas em São Paulo são estreitas ("Ciclovias estendidas", "Mercado Aberto", 17/9), está equivocado: a largura de 68 cm confere ao ciclista a estabilidade e a segurança para se deslocar livre e tranquilo.
FLAVIO GOMES DOS SANTOS (Ferraz de Vasconcelos, SP)