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O fator Marina

Datafolha mostra contínuo desgaste de candidata do PSB e fortalecimento de Dilma (PT) na disputa, reservando suspense para a reta final

A inversão foi completa e, de certa forma, surpreendente. A ex-senadora Marina Silva (PSB), que no fim de agosto estava bem à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) na simulação de segundo turno, agora aparece atrás da petista.

Verdade que a distância entre as duas, de quatro pontos percentuais, enquadra-se ainda no limite da margem de erro da pesquisa, mas os resultados registrados pelo Datafolha atestam o quanto a postulação da pessebista se enfraqueceu nas últimas semanas.

Num eventual confronto direto, Marina chegou a abrir dez pontos de vantagem sobre Dilma (50% a 40%). Embalava-a a grande comoção provocada pela morte repentina de Eduardo Campos (no dia 13 de agosto), a superexposição que a candidata teve naquela ocasião e os quase 20 milhões de votos que recebeu no pleito de 2010.

O componente emocional, no entanto, perdeu força com o passar dos dias, ao mesmo tempo que aumentaram a intensidade e o vigor dos ataques desferidos contra uma candidatura já fragilizada por suas próprias contradições.

As retas traçadas pelo desempenho de Dilma e Marina fizeram percursos opostos. Enquanto a presidente subiu, alcançando agora 47% das preferências, a ex-ministra do Meio Ambiente caiu a 43%. A petista retoma parte do favoritismo que havia perdido.

Também no primeiro turno a candidata do PT avança. Dilma, que esteve empatada com Marina (34% a 34%), parece ter assegurado a liderança da disputa, com 40% das intenções de voto. Em queda, Marina passou a 27%; Aécio Neves (PSDB) aparece em terceiro lugar, com 18%.

O tucano sem dúvida encontrará, no contínuo desgaste da pessebista, motivo para manter vivas as esperanças de que possa ser ele, e não Marina, o nome a enfrentar Dilma num ainda provável segundo turno. Mas, talvez na mesma proporção, a equipe petista poderá acreditar numa vitória imediata.

A hipótese, por ora, é remota, mas o PT não precisará de mais do que isso para, nesta última semana de campanha, tornar ainda mais agressivos os golpes direcionados a Marina Silva.

Com pouco tempo na propaganda televisiva e sem estrutura partidária para se defender, Marina, tudo leva a crer, deve perder alguns pontos adicionais. Quantos, ninguém sabe. Por poucos que sejam, são suficientes para reforçar a principal marca desta eleição presidencial: a imprevisibilidade.


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