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Opinião

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Paula Cesarino Costa

Vai dar Cabrão?

RIO DE JANEIRO - Em junho de 2013, os gritos de "Fora Cabral" eram fortes e constantes a ponto de chegarem até as ruas de São Paulo. Sérgio Cabral passou o governo para seu vice, Luiz Fernando Pezão, com os piores índices dos sete anos de governo: 20% de aprovação; 38% de reprovação. O Datafolha mostra agora Pezão (PMDB) com 31%; Garotinho (PR) com 24%, Crivella (PRB) com 17% e Lindbergh (PT) com 11%. No segundo turno, o peemedebista bateria qualquer adversário.

Com mais tempo na TV do que todos os principais oponentes somados, Pezão fez uma campanha muito cara e bem conduzida. O marqueteiro Renato Pereira, rejeitado pelo tucano Aécio Neves, conseguiu mesclar as realizações dos dois mandatos da atual gestão com a imagem de homem simples e trabalhador de Pezão. Apagou da história as estrepolias do bon-vivant Sérgio Cabral.

Crivella divertiu os candidatos no debate na TV Globo ao dizer: "O povo queria o candidato anti-Cabral. Transformaram o Pezão. O povo na rua diz que é o Cabrão. Aquele governador perdulário, faustoso, conspícuo tem um candidato modesto, humilde. É lobo em pele de cordeiro".

É difícil negar que o Rio teve avanços pontuais em áreas como segurança, desenvolvimento econômico e até educação. Mas as relações promíscuas entre público e privado, a falta de transparência, a truculência e a incapacidade de diálogo ficarão como marca do segundo mandato. Com força, talvez, equivalente à das UPPs no primeiro mandato.

Pezão é favorito também porque grassou a incompetência na oposição. Garotinho somou ao pendor assistencialista as companhias duvidosas de suspeitos de vinculação com o crime organizado. Lindbergh terminou com rejeição muito maior do que a intenção de votos. Crivella parecia mais preocupado em expor a marca do que em competir. Cabrão parece marcado para vencer.


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