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Opinião

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Paula Cesarino Costa

Em construção

RIO DE JANEIRO - Em paralelo às obras em andamento no Rio, a cidade assiste a outra construção: a de uma candidatura. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) nem terminou o primeiro mandato, mas dá mostras de que prepara -e testa- Carlos Roberto Osório como seu sucessor.

Ex-dono de uma distribuidora de bebidas, principal executivo do Pan-Americano do Rio em 2007 e homem-chave na conquista da Olimpíada de 2016, Osório abandonou o COB e assumiu a Secretaria de Conservação, onde foi responsável pela implantação do moderno centro de controle. Bom treino para entender o trânsito.

Logo após a reeleição, virou secretário de Transportes. Homem de confiança em setor sensível e crucial.

Acusado na campanha eleitoral de conivência com a máfia das vans e ligação com milícias, Paes sabe que daí podem vir problemas durante os grandes eventos -Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo, Olimpíada...

De perfil parecido com o do jovem prefeito carioca -talvez menos político e ainda mais aideológico-, Osório enquadra-se no figurino do homem do choque de gestão. Ele se diz feito para cumprir missões, com planejamento, dedicação e cobrança.

Em menos de um mês no cargo, avisou que fará licitação de vans, multou ônibus que não pararam para idosos e estudantes, anunciou a meta de reduzir a frota em circulação, fez lembrar (com multas) que caminhões têm horário para carga e descarga e mandou rever a tabela dos táxis do aeroporto Santos Dumont.

Contra Osório pesa o fato de ter pouco carisma e não circular entre os "políticos profissionais". Na metáfora de Lula, seria mais um "poste".

Para Paes, a situação é confortável. Se der errado, pode mudar de aposta e de secretário, sem prejuízo político; se der certo, terá criado pessoalmente um forte candidato à sucessão em 2016, sem precisar do apoio de padrinhos ou partidos.


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