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São Paulo 2020

Candidatura a sede da Exposição Universal merece apoio, pelos benefícios que o evento poderá trazer não apenas à cidade, mas ao país

São Paulo é candidata a hospedar a Exposição Universal de 2020.

A mais recente edição da grande feira internacional, que se realiza a cada cinco anos, teve lugar em Xangai, na China. Atraiu 73 milhões de visitantes e a participação de 190 países. A próxima, em 2015, será em Milão, na Itália.

A metrópole brasileira concorre com Esmirna (Turquia), Iekaterinburgo (Rússia), Dubai (Emirados Árabes) e Ayutthaya (Tailândia).

A escolha da sede cabe aos membros do Birô Internacional de Exposições (BIE) e será anunciada em novembro de 2013. O BIE é uma entidade intergovernamental, que congrega 161 países, criada em 1928 para organizar o calendário desses eventos.

As Exposições Universais são um típico fruto dos avanços da ciência, da indústria e do comércio no século 19. Essas grandes "festas da modernidade" surgiram para dar aos diversos países a oportunidade de expor produtos, lançar novidades e ampliar negócios. Deixaram marcos mundialmente conhecidos, como a Torre Eiffel, em Paris, e o Palácio de Cristal, em Londres -onde o evento ocorreu pela primeira vez, em 1851.

Na primeira exposição realizada nos EUA, em 1876, em Filadélfia, o imperador brasileiro, dom Pedro 2º, teve oportunidade de testar um aparelho que revolucionaria a comunicação humana -o telefone, inventado por Graham Bell.

A candidatura de São Paulo tem apoio dos governos federal e estadual e de entidades empresariais, como a Fiesp. A proposta é que a Expo 2020 se realize num complexo a ser construído em Pirituba, região noroeste da cidade, a cerca de 30 quilômetros do centro e do aeroporto de Guarulhos.

Os custos são estimados em cerca de R$ 10 bilhões (a Copa de 2014, a título de comparação, está orçada em R$ 27 bilhões).

Quase a metade dos gastos corresponde a investimentos do Estado de São Paulo em transporte sobre trilhos, com a construção da estação Vila Clarice, da linha 7-rubi, da CPTM, e da linha de trem expresso entre a capital e Jundiaí. Prevê-se também ligar a rodovia dos Bandeirantes ao local.

O restante, cerca de R$ 6 bilhões, é o custo da construção do conjunto, uma área de 160 mil m², com centro de convenções, torre de geração de energia renovável, terminal de ônibus etc. A prefeitura pretende que a iniciativa privada participe do empreendimento.

Não há dúvida de que a Expo 2020 seria uma oportunidade para São Paulo expandir sua infraestrutura e consolidar-se como uma metrópole de referência internacional. Ao mesmo tempo, o evento pode trazer benefícios ao país em áreas como inovação tecnológica, turismo e comércio.

Com as devidas cautelas quanto a eventuais estouros de despesas, é uma candidatura que merece o apoio não apenas de São Paulo, mas de todos os brasileiros.


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