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Corrupção
É estranho que a Polícia Federal tenha desarticulado um esquema de corrupção em agências reguladoras e órgãos federais, com ramificações no escritório da Presidência da República em São Paulo, justamente após o recente fim de uma greve por melhores salários.
A propósito, a centralizadora presidente Dilma seguirá o desgastado enredo de Lula e também dirá que não sabia de nada em seu próprio escritório?
Túllio Marco Soares Carvalho (Belo Horizonte, MG)
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Havia muito tempo que eu não me deparava com um texto tão lúcido e direto sobre a relação Lula-Dilma quanto o de Melchiades Filho ("Tão longe e tão perto", "Opinião", ontem). Como bem resumiu o brilhante jornalista, o Palácio do Planalto tem se pautado pela conveniência: ora é herdeiro do legado de Lula, ora repele os "malfeitos" da gestão anterior. As histórias são temperadas ao sabor do freguês, ou à medida em que a imprensa e a polícia descobrem o que há por trás dessa união umbilical entre criador e criatura.
Fernando Carreiro (Vitória, ES)
Mensalão
Em relação à reportagem "Barbosa dá prazo para mensalão do PSDB" ("Poder", 21/11), esclareço que não fui coordenador da campanha de reeleição de Eduardo Azeredo, como disse o texto. Diversas testemunhas confirmam essa informação, bem como documentos que fazem parte do processo. Dediquei o segundo semestre de 1998 à minha própria campanha para a Câmara dos Deputados e conquistei uma cadeira com a quinta melhor votação de Minas Gerais. Fui votado em 700 municípios, sendo majoritário em 40. Deixei o governo em novembro de 2007 para preparar minha defesa. Compareci a todas as audiências ocorridas até o momento, colaborando com o bom andamento do processo, e quero provar minha inocência.
Walfrido Mares Guia, presidente do PSB-MG (Belo Horizonte, MG)
RESPOSTA DA JORNALISTA MÔNICA BERGAMO - A informação de que Walfrido Mares Guia coordenava a campanha de Eduardo Azeredo é da Procuradoria-Geral da República, responsável pela acusação.
Lula
Como assinante da Folha, decepcionou-me ter visto na "Primeira Página" de ontem manchete que soou como propaganda petista: "Marqueteiro do PT defende Lula para o governo paulista". Parece que o jornal, ao contrário do que dizem os petistas, trabalha para o governo. Gosto da Folha, mas não está me parecendo mais tão independente.
Diva Maria Araujo Barth (São João da Boa Vista, SP)
Imprensa
O melhor da Folha de domingo (25/11) foi ler a coluna da ombudsman Susana Singer ("Jura dizer a verdade, só a verdade, nada mais que a verdade?"). A imprensa adora apontar os erros dos outros, aliás essa é uma das suas funções, mas admitir seus próprios erros é outra questão. Não deixa de ser grave deturpar a fala dos entrevistados para criar uma manchete polêmica ou falsa. Nos últimos anos, parece ser essa a regra do jornalismo. Nesse aspecto, jornalistas e políticos são muito parecidos.
Mara Chagas (São Paulo, SP)
Planos de saúde
Sobre a pergunta proposta pela seção Tendências/Debates em 24/11 -Há uma crise no atendimento dos planos de saúde brasileiros?-, destacamos que, diante das deficiências do SUS, os planos de saúde são uma alternativa, mas têm sérios problemas. Recente pesquisa do Datafolha revelou situações graves, como, por exemplo, demora nas emergências e cirurgias.
Discordamos ainda do termo "atendimento express": não reflete a realidade e é injusto para com a dedicação da grande maioria dos médicos.
Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina, e Renato Azevedo Jr., presidente do Cremesp (São Paulo, SP)
Exposição Universal
Parabéns à Folha pelo importante editorial "São Paulo 2020" ("Opinião", ontem), sobre a Exposição Universal de 2020. Esperamos que o evento seja realizado em São Paulo.
Andrea Matarazzo, vereador eleito em São Paulo (São Paulo, SP)
'Deus seja louvado'
Sobre o artigo "Estado laico não é Estado ateu", do jurista Ives Gandra da Silva Martins (Tendências/Debates, ontem), o que mais me preocupa não é a ação do Ministério Público Federal em retirar a inscrição "Deus seja louvado" das notas de real, mas a crescente influência religiosa nas esferas de governo.
O Brasil anda na contramão dos países que se afastaram da religião e obtiveram, assim, ganhos enormes em educação, desenvolvimento científico e prosperidade econômica.
Ao contrário do que professa Ives Gandra da Silva Martins, os Estados Unidos não são o modelo para se seguir: lá o embate religioso é tão grande que aprofundou a intolerância e o ódio mútuos.
Tiago Landi Simões (Cuiabá, MT)
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No artigo "Estado laico não é Estado ateu", o jurista Ives Gandra da Silva Martins disse tudo o que a esmagadora maioria dos brasileiros gostaria de expressar a respeito de o Estado laico não ser confundido com Estado ateu!
Clemilson Correia (Maringá, PR)
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