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A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

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Niemeyer
De repente/ a reta -que ele transformou em curva-/ vergou-se mais/ e fechou o ciclo.
Jorge J. Marques de Oliveira (Jaú, SP)

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São raros os homens que, por assim dizer, "inventam" seu povo, na síntese perfeita de sua essência e de seu espírito. Oscar Niemeyer é o principal tradutor do gesto poético na arquitetura brasileira. Seu legado é imenso por não reduzir nosso conceito de espaço e tempo às funções meramente mecânicas. Somos herdeiros legítimos dessa dimensão lírica que Niemeyer emprestou à forma, gesto criador sutil, elaborado, elevadíssimo e, por tudo isso, dificílimo, defendido por ele até o fim com muita força e muita graça.
Aprendemos com Niemeyer a sonhar intransigentemente como gente e como civilização. Valeu, Oscar, pelo abrigo humano, tão inspiradoramente brasileiro, de sua obra.
Marcílio Godoi, arquiteto (São Paulo, SP)

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Não concordo com esse verdadeiro culto a Oscar Niemeyer. Talvez seja fruto de sua longevidade. Que eu saiba, entre nossos arquitetos sua obra nunca foi uma unanimidade. Por outro lado, o senhor Niemeyer passou toda sua longa vida elogiando Cuba e Fidel Castro, apoiando todos os desmandos do "comandante". Será que merece tanta admiração?
Josué Luiz Hentz (São João da Boa Vista, SP)

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Desnecessário falar da genialidade estética, da inteligência espacial e do talento inovador de Niemeyer, traços que o mundo reconhece. Falo, pois, de seu traço político-ideológico: comunista -dos mais convictos, renitentes e obstinados. Perseguido, boicotado e exilado por isso, jamais abdicou de sua opinião firme em favor do igualitarismo social e econômico. Um herói das esquerdas. Um militante exemplar. Um ser humano autêntico e inspirador. Não era contra a propriedade privada em si mesma (até porque acumulou alguma). Gostava tanto dela que a queria... para todos. E foi jovem durante muito mais tempo do que todos nós.
César Caldas (Curitiba, PR)

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Tão sólidos foram o legado e a obra de Oscar Niemeyer quanto os seus princípios e a sua coerência política e ideológica. O Brasil e o mundo perdem, mais do que um homem que, com seus traços, revolucionou a arquitetura, uma pessoa de grande sensibilidade social. Estamos todos órfãos.
Geraldo Tadeu Santos Almeida (Itapeva, SP)

Corrupção
Creio que tanto a "oposição" do tempo de Lula como a imprensa nos devem algumas explicações sobre o "anonimato" ou o desconhecimento da presença atuante de Rosemary Noronha no cenário político-administrativo do Brasil nos últimos anos.
Luiz Philippe Westin C. de Vasconcellos (Jundiaí, SP)

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A assessoria de Lula afirma que o ex-presidente não fará comentários sobre assuntos particulares. Sendo assim, ele não deveria fazer na vida pública o que ele faz na vida privada.
Helena Kessel (Curitiba, PR)

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Pensando bem, por que gastar tanto espaço no jornal com as explicações do ex-presidente Lula? Todo mundo sabe que ele, pela enésima vez, foi traído, apunhalado, perseguido pela imprensa e pelas "elites" etc. Melhor aproveitar a tinta e o espaço do jornal para publicar novas denúncias que fatalmente virão.
Marisa Bodenstorfer (Lenting, Alemanha)

Israel/Palestina
É provável que o editorial "Israel insiste no erro" ("Opinião", 5/12) provoque reações iradas por opinar que a política do primeiro-ministro Netanyahu (de construir mais 3.000 casas na Cisjordânia e em Jerusalém oriental) complica a situação com a Palestina e sugere que a seu governo interessa antes acirrar o conflito que buscar a paz na região.
Trata-se de conclusão correta da Folha, conforme já havia sugerido Clóvis Rossi no artigo "A lei vs. a 'vontade' de Israel" ("Mundo", 4/12), ao citar frase de Netanyahu: "Não há decisão da ONU que possa romper 4.000 anos de vínculos entre o povo de Israel e a terra de Israel" -manifestação chocante e inaceitável.
Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)

Energia nuclear
Em resposta ao artigo "Glub-glub-glub", de Aldo Pereira (Tendências/Debates, ontem), tenho a informar que as usinas nucleares brasileiras estão projetadas para garantir o desligamento seguro dos reatores mesmo no caso de chuvas que aconteçam uma vez a cada 10 mil anos. Também foi estudado o possível deslizamento de encostas no entorno da central, com o bloqueio dos canais de drenagem que circundam Angra 1 e Angra 2. O Plano de Resposta a Fukushima da Eletronuclear procede a estudos de margens de segurança, com cenários ainda mais improváveis.
Paulo Carneiro, assessor técnico da Eletronuclear (Rio de Janeiro, RJ)

Mensalão
O ministro Gilmar Mendes afirmou em plenário que, diferentemente do que afirmei em artigo publicado na Folha ("Falta de prática do Judiciário em condenar poderosos explica as dúvidas no mensalão", "Poder", 5/12), o Supremo já realizou condenações à prisão de pessoas com foro privilegiado. Esclareço que, quando utilizei a expressão "nunca condenou à prisão", referia-me a condenações definitivas a penas maiores de oito anos (regime fechado). A única condenação a uma pena maior de oito anos é a do deputado Natan Donadon, contra a qual ainda tramitam recursos na corte. Espero que a ambiguidade no texto não tenha atrapalhado a sua compreensão por parte dos leitores.
Pedro Abramovay, professor da FGV Direito Rio (Rio de Janeiro, RJ)

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