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Painel do Leitor
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Mensalão
Espero poder contar para minhas filhas, quando elas crescerem e puderem entender, que o ano de 2012 foi um ano de grandes mudanças no Brasil. Já pensou em 2026, quando forem prestar vestibular e lerem a questão: "Qual o ano em que o Brasil se transformou em um país mais igualitário, mais justo e menos corrupto?" Tomara que a resposta correta seja "2012", ao invés de "nenhuma das alternativas".
Marcelo Bellesso, médico (São Paulo, SP)
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Não se pode discordar que o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tenha o direito de defender seus clientes com todas as suas forças. Só não podemos concordar com ele quando diz que o país vive uma onda de repressão só pelo fato de que um de seus clientes foi condenado e que os ministros da nossa mais alta corte condenaram alguém sem prova alguma. Aí, já é forçar a barra demais.
Sebastião Henrique Quirino (Serra Azul, SP)
Governo federal
Primeiro foi o artigo da "The Economist" sugerindo a demissão de Mantega para colocar a economia brasileira de volta nos trilhos. Agora, o "Financial Times" publica comentário sobre a economia brasileira e faz piada com Dilma e Mantega. A recente previsão do nosso ministro sobre o crescimento em 2013 foi ridicularizada. Vergonha para nós, que nem podemos retrucar, pois os ingleses estão cobertos de razão.
Ronaldo Gomes Ferraz (Rio de Janeiro, RJ)
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A falta de votação do Orçamento para 2013 dá uma ideia cabal do fracasso não só econômico da administração Dilma, mas também, político. Mesmo com tantas concessões de cargos a apaniguados dos "partidos aliados", governo de coalizão, vistas grossas para severas incompetências em cargos-chave etc. Mude Dilma, o país não merece isso.
Ademir Valezi (São Paulo, SP)
Comunicação
Não há a menor dúvida de que, ao se liberar esta emissora de TV ("Rede de comunicação criada por sindicatos da CUT cresce", "Poder", ontem), o governo está liberando uma emissora do Partido dos Trabalhadores. Será que é permitido a um partido ter tão poderoso órgão de comunicação?
Jurandir Batista de Carvalho (Indaiatuba, SP)
Trem-bala
Nosso ufanismo fica um bocado murcho quando vemos que a China inaugurou uma linha de trem-bala de 2.300 km, operando, assim, mais de 9.300 km desse sistema no país ("China inaugura maior linha de trem-bala do mundo", "Mundo", ontem). Quando será que vão sair os nossos muito discutidos primeiros 500 km de trem-bala?
Waldemar Cintra (São Paulo, SP)
Pacto Político
Concordo em gênero, número e grau com Eduardo Graeff ("Feliz 2015", Tendências/Debates, ontem). Mas faltou dizer que, se o clientelismo foi exacerbado pelo PT -o que é péssimo para os investimentos no país-, ele não foi inventado por Lula.
Oportunidades foram perdidas ao longo do tempo devido ao Estado inchado e ineficiente. O desmanche desta máquina de sugar o sistema produtivo foi apenas parcialmente realizado por FHC, que preferiu investir na própria reeleição. É uma pena.
Carlos Antonio A. Guimarães (Curitiba, PR)
Renda Mínima
Agradeço a referência de Clóvis Rossi ("Suplicy ganha apoio. Na Itália", "Mundo", ontem) ao empenho que tenho tido pela Renda Básica de Cidadania (RBC). Felizmente a proposição vem ganhando cada vez mais adeptos em todos os países do mundo. Cabe lembrar de que o Congresso Nacional aprovou e o ex-presidente Lula sancionou a lei que institui, por etapas, a RBC. Sugiro agora que Rossi vá ao Alasca para observar o resultado de uma experiência pioneira e bem-sucedida que existe por lá.
Eduardo Matarazzo Suplicy, senador pelo PT-SP (São Paulo, SP)
Kassab
As metas da gestão Kassab contêm um vício de origem conceitual ("25% das metas nem saíram do papel", "Cotidiano", ontem). Metas são valores situados no tempo, índices que se pretende atingir em prazos determinados. Não há, portanto, que se falar em "andamento", "execução" ou " conclusão" de metas.
Andamento, execução e conclusão dizem respeito às ações para atingir as metas. Tal vício de origem induz, inevitavelmente, a erros, que explicariam parte da baixa eficácia da administração do futuro ex-prefeito.
Marcelo Melgaço (Goiânia, GO)
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Interessante a ligação José Serra-Gilberto Kassab: um cumpre apenas metade do mandato e acha que está tudo bem; outro, metade das promessas de campanha e se diz satisfeito. Criador e criatura.
Wilson Domingos da Costa (São Paulo, SP)
Vale-Cultura
A ministra Marta Suplicy vai fazer um estardalhaço assinando o Vale-Cultura ("Poder de compra do Vale-Cultura já caiu 17%", "Ilustrada", ontem), que discrimina quem mais precisa deles: nós, os aposentados, que não somos inúteis nem inválidos, mas recebemos menos do que seria justo e somos sistematicamente discriminados. Ainda bem que nós sabemos votar melhor do que ninguém.
Luiz Roberto de Barros Santos (São Paulo, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos do economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega (São Paulo, SP), do hotel Emiliano (São Paulo, SP), de Arquitetura Julio Neves Ltda. (São Paulo, SP) e do vereador Antonio Goulart, do PSD (São Paulo, SP).
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