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Paula Cesarino Costa

Carnaval sem limites

RIO DE JANEIRO - Desde o dia 8 de fevereiro não se fala de outro assunto neste espaço. Por aqui, o Carnaval começou no Réveillon e não acabou. Não há mais limite de tempo.

De hoje a domingo ainda passarão mais de 50 blocos pela cidade. A cada ano, o número cresce em progressão geométrica. Espalham-se por todos os bairros e durante o dia todo -uns começando cedo (8h), outros terminado tarde (5h), com foliões se cruzando no caminho. Não há limite de número, tamanho e horário.

A prefeitura rejeitou pedidos de autorização para blocos. Alguns saíram mesmo assim e há os que se vangloriam de serem mais legítimos por não serem oficiais. O Cordão da Bola Preta pareceu ter ultrapassado o limite de seguidores que a avenida Rio Branco suporta. A falta de infraestrutura para tanta gente afetou o seu desfile, que só por sorte não terminou em tragédia.

Não há mais limite oficial, por mais que a autoridade tente.

Pela cidade, o trânsito não foi caótico. A maior parte se locomoveu a pé ou de metrô -que ficou aberto 24 horas, apesar de superlotado em parte do dia e com problemas. Até porque muitos taxistas sumiram das ruas.

A Comlurb, a companhia de limpeza do Rio, recolheu até ontem cerca de 770 toneladas de lixo (26% a mais do que em 2012), grande parte jogado no chão, por falta de educação e pela escassez de latas de lixo. Os milhares de banheiros químicos nunca serão suficientes. Não há um limite mínimo de educação e serviço.

A prefeitura quer limitar o marketing das empresas assanhadas com os milhões à solta, alvo fácil para qualquer propaganda. Não há limite para a ganância privada ou pública.

As ruas do Rio nunca mais se esvaziarão nesta época, cheias de gente fantasiada, sozinha ou em grupo, sob variados sons e ritmos. Não há limite para a criatividade.

Até o Carnaval acabar, a alegria da multidão não tem limite.


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