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Cristina Grillo

Desafio de verdade

RIO DE JANEIRO - Mais do que Copa do Mundo ou Olimpíada, o verdadeiro desafio a ser enfrentado pelo Rio acontece daqui a cinco meses: a Jornada Mundial da Juventude.

O encontro, organizado pela Igreja Católica, tem peculiaridades que o transformam em um teste para os mais experientes especialistas em logística de grandes eventos.

Como fazer fluir pela cidade uma legião estimada inicialmente em 1 milhão de pessoas, contingente muito maior do que o previsto para os dois grandes eventos esportivos?

E o número pode aumentar exponencialmente se confirmada a vinda do novo papa, no que poderá ser sua primeira participação em um grande evento internacional.

Os principais encontros da jornada, uma vigília na noite de sábado e a missa papal no domingo, acontecerão em uma fazenda em Guaratiba, a cerca de 50 km do centro da cidade.

Para chegarem lá, os fiéis terão que caminhar distâncias entre 6 km e 13 km, estima o arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta.

Caminhar em peregrinação é algo que faz parte do DNA de religiosos. Há os que percorrem o caminho de Santiago de Compostela, os que rumam para Meca pelo menos uma vez na vida, os que sobem trilhas no Nepal em busca da iluminação budista...

Andar a pé, ao que parece, vai ser a parte mais fácil. A grande questão é como levar a multidão até os pontos de bloqueio que serão montados em trechos da Barra da Tijuca, do Recreio e de Santa Cruz.

Metrô, não há. O sistema de ônibus é deficiente, mesmo com a inauguração dos corredores exclusivos.

Eventos bem menores em comparação com a jornada, como o festival Rock in Rio, já dão um nó no trânsito da região e, consequentemente, em toda a cidade.

Passar no teste da jornada será um grande passo rumo à Copa do Mundo e à Olimpíada.


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