Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Opinião

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Letícia Sander

Palanque duplo

RIO DE JANEIRO - Basta falar por cinco minutos com cada um para sentir o drama. "O PT tem projeto para o Rio e é em 2014. Eu sou candidato e ponto", brada o hoje senador e aspirante ao governo do Estado, Lindbergh Farias. "Claro que sou candidato. Sou protagonista de um projeto que recolocou o Rio no mapa. Esse processo não pode parar", proclama Luiz Fernando Pezão, vice-governador e nome escolhido por Sérgio Cabral para sua sucessão.

O Rio, hoje, é um problema real no projeto de reeleição de Dilma Rousseff. PT e PMDB se digladiam e não há sinais de aliança à vista. A queda de braço, até então contida nos bastidores, chegou às ruas.

Na pequena Japeri, Lindbergh deflagra a sua "caravana da cidadania", uma réplica do que fez Lula nos anos 90, com o intuito de torná-lo conhecido no interior. Antes receoso, Pezão agora abraça sem resistências a cartilha de dez entre dez aspirantes a um cargo público: emagreceu, engordou a assessoria, não sai das ruas. Não há como dizer que ele tenha sido surpreendido pelo manifesto do PMDB fluminense -que, nesta semana, praticamente deu um ultimato a Dilma, no melhor estilo "ou nós ou eles", que tanto irrita a presidente.

A aliados o ex-presidente Lula admite que o projeto de Lindbergh ganhou pernas próprias. O próprio Planalto, simpático a Pezão, já trabalha com a ideia de ter de encarar dois aliados em palanques opostos.

Chama a atenção a movimentação do governador Sérgio Cabral. O peemedebista está chegando ao fim do segundo mandato chamuscado e em silêncio, com um risco real e até há pouco tempo inimaginável de não conseguir fazer o seu sucessor.

A quietude, no entanto, é só pública. Nos bastidores, segue a mil e, agora, cada vez mais de olho no cenário nacional. A despeito de um escândalo aqui e ali, parece querer deixar claro que as decisões do PMDB também e ainda precisam passar por ele.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página