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Cúpula do PSC se recusa a substituir pastor em comissão

Líder do partido na Câmara afirma que não consegue demover o deputado 'da convicção de não renunciar'

Feliciano mantém agenda de reunião hoje e diz que vai tomar cautelas para evitar 'sabotamento'

TAI NALON DE BRASÍLIA

O PSC usou ontem o apoio concedido aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff como justificativa para manter o deputado e pastor Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

Em pronunciamento, o vice-presidente da sigla, pastor Everaldo Pereira, disse que "não abre mão" da indicação.

Alvo de protestos de movimentos sociais que o acusam de ser considerado homofóbico e racista, Feliciano e seu partido desconsideraram o pedido do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Alves classificou a situação do pastor no cargo como "insustentável" e pediu uma solução até ontem.

Diante da "rebelião", Alves fez uma reunião de mais de duas horas ontem à noite com líderes partidários, mas não houve consenso sobre qual solução dar para o caso.

O PR e o PMDB se recusaram a assinar uma nota de repúdio contra Feliciano e a decisão foi convocar o pastor para uma reunião na próxima terça-feira.

Mais cedo, para justificar a permanência de Feliciano na presidência da Comissão, o pastor Everaldo Pereira lembrou que, "ao final de 2003, o PSC passou a integrar a base do governo Lula na Câmara. Durante seus dois mandatos, fomos um dos partidos mais fiéis da base aliada".

"Veio 2010, e o PSC apoiou a candidatura de Dilma a presidente", disse. "Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou Dilma, sem discriminá-la por pensar diferentemente de nós", afirmou Pereira.

Eleito no início do mês para o cargo, Feliciano ainda não conseguiu presidir as sessões sem protestos.

O líder do PSC, André Moura (SE), disse que a decisão de permanecer foi tomada somente por Feliciano. A bancada do PSC, rachada, não teria sido ouvida.

"Não cabe mais a mim, como líder, nem à bancada nem ao presidente da Câmara destituí-lo. E nós não conseguimos em nenhum momento demovê-lo da convicção de não renunciar", disse.

A renúncia tornou-se a única alternativa possível, já que outras siglas, entre elas o PT, abriram mão de presidir a comissão em favor do PSC para ficar com outros colegiados.

Enquanto as lideranças discutiam sua situação, Feliciano afirmou que a reunião da comissão de hoje está mantida: "A agenda é normal. Vamos tomar algumas cautelas que da outra vez não tivemos. Houve um 'sabotamento' da sessão anterior".

Ele também deve se reunir na parte da manhã com o embaixador da Indonésia para falar de brasileiros no corredor da morte.


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