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PSDB perdeu batalha por primazia na área social, diz senador

Para Aécio, sigla está fora do Planalto porque não conseguiu despertar expectativa de desenvolvimento social mais amplo

Tucano nega que tenha feito 'corpo mole' na campanha de Serra e diz que vai criar gabinete para monitorar governo

EM SÃO PAULO

Em meio a ataques aos adversários, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) faz uma autocrítica, na entrevista à Folha, sobre o desempenho dos tucanos na últimas três eleições presidenciais, quando foram derrotados pelo PT.

"Não por deméritos dos nossos candidatos, mas não conseguimos fazer com que parcela importante do Brasil voltasse a sonhar com um desenvolvimento social mais amplo", diz ele.

O senador reconhece que seu partido perdeu a batalha para os petistas em torno da paternidade dos programas sociais e diz que o PSDB precisa se "renovar na expectativa das pessoas".

"Se tivéssemos feito isso, teríamos ganhado as eleições", avalia o senador.

Para ele, é uma "lenda urbana", alimentada por seus inimigos, a acusação de ter feito "corpo mole" em seu Estado para a campanha do tucano José Serra à Presidência da República em 2010.

"Ficarei muito satisfeito e tenho certeza de que terei em São Paulo o apoio que ele teve em Minas", disse.

Depois de assumir a presidência do PSDB em maio, o senador diz que vai criar um "gabinete paralelo" para, de um lado, monitorar as principais áreas do governo Dilma e, de outro, preparar a plataforma de sua candidatura ao Palácio do Planalto.

REDE SOCIAL

O senador poupa de qualquer reparo o governador Eduardo Campos (PSB-PE), virtual adversário e com perfil político semelhante ao dele, mas mandou um recado cifrado ao, como diz, amigo: "Não vou anunciar meus encontros no Twitter ou Facebook". Trata-se de uma referência às movimentações do pernambucano, que teve encontros com empresários anunciados por aliados nas redes sociais.

Principal oposição ao PT, ele criticou o debate eleitoral prematuro, o que, segundo ele, deixou a presidente "refém do fisiologismo", "sem autonomia" e dedicada a "saciar o apetite por cargos e verbas da base do governo".

"Alguém pode achar que essa chamada reforma ministerial em curso tem por objetivo melhorar a qualidade do governo? Ela sequer conhece essas pessoas que está colocando lá. Nem no período Sarney houve uma entrega tão grande dos espaços do poder sem qualquer critério."

Aécio não concorda com a fama de "bon-vivant".

"Trabalho das 8h da manhã às 22h. Deixaria os bon-vivants decepcionados."

Quando instado a responder críticas de que passa mais tempo no Rio de Janeiro do que em Minas, sua base eleitoral, ele sorri.

"Se gostar do Rio for um defeito, é um defeito que a cada dia aumenta um pouco. E gosto de São Paulo também, viu", afirmou o senador, que fala como candidato, se movimenta nos bastidores como candidato, mas faz questão de dizer que ainda não é.


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