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PPS e PMN anunciam fusão para esta quarta

Líderes adiantaram decisão após base do governo tentar dificultar uniões partidárias

ERICH DECAT DE BRASÍLIA

Uma tentativa malsucedida da base aliada do governo no Congresso para tentar coibir fusões partidárias até a eleição de 2014 precipitou a fusão entre o PPS e o PMN.

Prevista para ocorrer no meio do ano, a união deve se dar nesta quarta-feira.

Na semana passada, membros do PT e do PMDB tentaram aprovar um requerimento para acelerar a tramitação de um projeto cujo objetivo é restringir o tempo de TV e os recursos do fundo partidário de novas siglas.

Tomada à revelia de outros líderes partidários, a medida revoltou PSB, PSDB, PPS e PV. O requerimento não foi aprovado, mas deve voltar à pauta. Por precaução, PMN e PPS decidiram adiantar a fusão.

"Quem está com o cronômetro na mão é o governo. É agora ou nunca", disse o ex-deputado Raul Jungmann, da Executiva do PPS.

"A manobra pegou o pessoal desconcertado. Percebe-se que se trata de um interesse casuístico", disse à Folha a secretária-geral do PMN, Telma Ribeiro.

Ontem, em Brasília, o diretório nacional do PPS aprovou a fusão e acertou a realização de um congresso nacional do partido já nesta semana, quando a união deverá ser oficializada.

Já Telma Ribeiro passou o dia em um hotel de Brasília avisando por e-mail e por telefone seus correligionários sobre o encontro desta quarta. Até a semana passada, o PMN planejava fazer as consultas finais em 5 de maio.

O nome mais cotado para a nova legenda é Mobilização Democrática (MD). O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), deverá comandar a nova sigla.

Caso se confirme a fusão, haverá 30 dias para a filiação de quem quiser ingressar na nova legenda -no jargão político, uma "janela" que permite driblar as regras de fidelidade partidária.

Além dos dez atuais deputados do PPS e dos três do PMN, o novo partido pretende atrair parlamentares descontentes em outras siglas e chegar a 20 cadeiras na Câmara, bancada de médio porte, comparável à do DEM.

Com a "janela", a expectativa entre integrantes do PPS é que o ex-governador paulista José Serra deixe o PSDB para integrar a nova legenda.

Na sexta-feira, em evento de seu partido, Serra defendeu a união da oposição em 2014. Ele ainda pode apoiar a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ou a de Marina Silva, da Rede.

Por não resultar de fusão entre partidos, a Rede precisa de cerca de 500 mil assinaturas em nove Estados para obter registro eleitoral.


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