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Aliado de Kassab, vice de Alckmin assume novo ministério de Dilma

Presidente indica Guilherme Afif Domingos, do PSD, para pasta da Micro e Pequena Empresa

Objetivo principal da nomeação é garantir apoio do PSD à reeleição e afastá-lo do projeto de Eduardo Campos

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Em mais um lance para fortalecer sua candidatura à reeleição, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), como o 39º titular da Esplanada dos Ministérios.

Ele ocupará a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que terá status de ministério. A posse será na quinta, às 10h.

Ex-deputado federal e candidato à Presidência em 1989 pelo então PL (hoje PR), Afif segue para Brasília como parte das negociações de Dilma com o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab.

Embora seja vice da gestão tucana em São Paulo, o PSD deve apoiar a candidatura à reeleição de Dilma. Com a quarta maior bancada na Câmara, o partido acrescentaria cerca de 1min50s (em cada bloco de 25 minutos) ao tempo da petista na propaganda eleitoral na TV, que é o principal instrumento de campanha dos candidatos.

Segundo nota do Palácio do Planalto, Afif tem tido "papel relevante em todos os processos que, nos últimos anos, resultaram no estímulo e na valorização das micro e pequenas empresas no país".

O anúncio ocorreu após cerimônia de posse da diretoria da Associação Comercial de São Paulo, ontem, em que Dilma fez elogios a Afif.

À tarde, a nomeação foi fechada em reunião entre Dilma, Afif, Kassab e o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

A nomeação também serviu para barrar o risco de aproximação do PSD com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Potencial candidato do PSB à Presidência, ele foi o primeiro patrocinador do PSD quando o partido estava em gestação.

Dilma já contemplou com ministérios o PDT e o PR, também com o objetivo de fortalecer seus apoios para 2014.

SÃO PAULO

A nomeação também passa pelo compromisso do PT de não atacar eventual candidatura de Kassab ao governo de São Paulo ou ao Senado.

O ex-prefeito teme que o PT, que o sucedeu na cidade, use dados do município para criticar sua gestão.

O acerto exigiu ainda negociação com a bancada do PSD na Câmara. Como muitos deputados vieram da oposição, eles manterão a posição de independência e, aos eleitores, alegarão que o ministério foi uma negociação direta entre o vice-governador e Dilma.

Afif não renunciará ao cargo em São Paulo. Ele pediu ao governador Geraldo Alckmin que o avise antes de suas viagens para que ele possa deixar o país, evitando ter de se licenciar do ministério para substituir o tucano. Nesse caso, assume o governo o presidente da Assembleia, Samuel Moreira (PSDB).

Em notas curtas e separadas, Alckmin e Afif afirmaram que a nova função do vice-governador possibilitará fortalecimento de parcerias federais com o Estado.


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