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Para Afif, há espaço para ser ministro e vice em SP

Filiado ao PSD diz que nada na lei o impede de exercer as duas funções

'Sou um servidor não de partido; sou um servidor de governo', diz ele sobre cargos ao lado de PT e PSDB

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

O novo ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), que toma posse hoje, pretende continuar como vice-governador de São Paulo e à disposição para assumir o Palácio dos Bandeirantes no caso até de vacância temporária do atual titular do cargo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Em junho, por exemplo, o governador irá a Paris na comitiva que vai apresentar a candidatura da cidade de São Paulo para a Expo 2020.

Para Afif, nada na lei o impede de ser exonerado da função do cargo de ministro por alguns dias. Ele assumiria o governo de São Paulo. Em seguida, voltaria a Brasília onde a presidente Dilma Rousseff (PT) o renomearia para seu cargo na Esplanada.

O fato de o Estado de São Paulo ser governado pelo PSDB e a administração federal estar nas mãos do PT não é impedimento, diz. "Sou um servidor não de partido; sou um servidor de governo", diz Afif, filiado à sigla do ex-prefeito Gilberto Kassab.

Mas há o conflito entre dois entes federativos. Como ministro ele estará subordinado ao Palácio do Planalto e submeterá também todo o Estado de São Paulo ao poder federal quando estiver à frente do Bandeirantes. Afif discorda. E cita um caso histórico.

"Em Minas Gerais, Tancredo Neves se elegeu governador em 1982 com Hélio Garcia como vice. Depois, Hélio foi prefeito de Belo Horizonte e acumulou os cargos."

Apesar da disposição de manter os dois cargos, Afif faz uma ressalva. "Quero ser muito claro que, se houver alguma determinação, principalmente judicial, eu estarei pronto para respeitar. Eu só não vou abrir mão de um mandato eletivo."

Indagado sobre o que fará com uma pasta com orçamento anual diminuto (R$ 7 milhões), brinca. "É um ministério do verbo, não da verba."

Sobre ter criticado Dilma no passado, dizendo que ela no Planalto seria entregar um Boeing para quem nunca havia pilotado um teco-teco, afirma que foi "retórica de campanha". Ela sabe pilotar? "Ela aprendeu rápido."

Como ministro, Afif pretende ser um facilitador de acordos que possam reduzir a burocracia no país para a abertura de empresas. Cita estudo do Banco Mundial que coloca o Brasil entre os últimos no ranking de número de dias necessário para formalizar um novo negócio.

O ministro diz ter identificado em Dilma uma "obsessão" pela desburocratização.

Procedimentos de vários órgãos terão de ser unificados. "Temos de integrar a Receita Federal, as juntas comerciais, os fiscos estaduais e municipais, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária", diz o novo ministro.

O início deve ser por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, "onde há grande concentração de empreendedores". Depois, o projeto será estendido a todo o país.


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