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Socialites de francisco

Visita do papa mobiliza mulheres da high society carioca; tarefas vão desde a busca de hospedagem para cardeais ao cuidado com louças e cortinas

FABIO BRISOLLA DO RIO

Acostumada a ser reconhecida como a mulher do empresário da noite Ricardo Amaral, a socialite Gisella Amaral, 72, vem se dedicando a um evento que foge à ideia comum de badalação.

Nos últimos meses, ela tem mobilizado a alta sociedade carioca em torno da vinda do papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude, encontro internacional de jovens católicos que será realizado no Rio entre os dias 23 e 28 de julho.

Na função de conselheira do comitê organizador, Gisella define sua participação como "um esquema SOS" para auxiliar a produção católica.

Aposta em suas boas relações para cumprir as tarefas que encontra pelo caminho. Já providenciou, por exemplo, um aparelho de louça com o brasão da arquidiocese do Rio para as refeições da comitiva do Vaticano.

E tem mais: conseguiu o apoio dos cartolas de clubes cariocas para abrigar peregrinos em ginásios esportivos. Recorreu a sobrenomes tradicionais, como Nabuco e Almeida Braga, em busca de hospedagem para bispos e cardeais.

"Conversei com algumas amigas, mas os endereços ainda não estão definidos", diz.

Ela ressalta que, nesse caso, beleza não é tudo. "Algumas casas são lindas, mas talvez estejam em áreas de difícil acesso para os hóspedes da Jornada", explica.

Embora o comitê organizador já tenha anunciado que o uso de helicóptero ficará restrito ao papa e seus assessores diretos, Gisella se antecipou e já disponibilizou 17 helicópteros emprestados de empresários cariocas.

"Acho que eles não serão usados. Mas, se for necessário, os helicópteros estão à disposição", acrescenta.

"Botei até os meus filhos para trabalhar. Eles também estão me ajudando a fazer contatos", diz Gisella, em uma referência aos seus herdeiros, os empresários Rick e Bernardo Amaral.

AJUDA IMPERIAL

Ao tomar conhecimento da precariedade do pátio interno da casa onde o papa Francisco ficará hospedado, no morro do Sumaré, Gisella pediu ajuda à paisagista Maritza de Orleans e Bragança, da família imperial brasileira.

Com 36 metros quadrados, a área será transformada nas próximas semanas em um espaço de meditação, com um banco de pedra cercado por flores e plantas em vários tons de cores.

"O banco é bem simples, todo em pedra e nos moldes daqueles encontrados nas antigas igrejas do interior de Minas Gerais", explica Maritza, que vai instalar também uma pequena fonte em um dos cantos do jardim.

CORTINAS

Na mesma propriedade da arquidiocese no Sumaré, um prédio anexo, com 42 quartos, vai abrigar os integrantes da comitiva do Vaticano, que acompanha o pontífice.

Gisella acabou encarregada de trocar as cortinas em todos os dormitórios. Ligou para a amiga e empresária Guida Sève, sócia da loja de tecidos Ipanema Kravet, que se comprometeu a ajudar.

Depois, soube que as cortinas do Palácio São Joaquim, na Glória (zona sul), também estavam deterioradas pelo tempo. O endereço concentra uma série de compromissos do papa Francisco em sua passagem pela cidade. Será também uma opção de descanso entre os compromissos agendados pelo pontífice.

Somando todos os cômodos, Guida vai doar aproximadamente 500 metros de tecidos para a confecção das novas cortinas.

"Juntando forças, damos nossa contribuição para a estadia do papa aqui no Rio", diz Idinha Seabra Veiga, que assumiu a conta do serviço de louça brasonada.


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