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Promotor do caso PC afirma que vai recorrer da decisão

Responsável pela acusação afirma que júri ignorou as provas contra ex-seguranças

NELSON BARROS NETO DE SALVADOR

O promotor do caso Paulo César Farias afirmou ontem que mudou de ideia e vai recorrer do resultado do julgamento que absolveu quatro ex-seguranças de PC da acusação de participação nas mortes do empresário e de sua namorada à época, Suzana Marcolino.

Os ex-seguranças, que também são policiais militares, se livraram da acusação de envolvimento (ou omissão) na morte do tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor e da namorada em junho de 1996.

Marcos Mousinho disse que "analisou melhor" a decisão do júri na sexta-feira passada. Segundo ele, os jurados concluíram que, apesar da absolvição, dois dos quatro policiais tinham o dever de proteger PC e Suzana.

Com base nisso, Mousinho vai apresentar hoje o recurso pedindo a anulação do julgamento. Depois, ele terá oito dias para anexar justificativas. A defesa, mais oito dias para fazer considerações.

O processo seguirá então para um procurador de Justiça (que atua na segunda instância judicial), que dará parecer positivo ou não sobre o recurso. Se o parecer for positivo, o Tribunal de Justiça encaminhará o recurso para julgamento. Se for acatado, o julgamento dos ex-seguranças poderá ser anulado, e outro terá de ser marcado.

POSIÇÃO ANTERIOR

No dia seguinte ao julgamento, Mousinho disse que estava inclinado a não recorrer porque estava satisfeito com a derrubada da tese da defesa, de que Suzana teria matado PC e depois se suicidado. Os jurados concluíram que ambos foram mortos.

"O ponto mais importante foi a comprovação de que o casal foi assassinado. A apelação se tornaria um risco, e tenho receio de o resultado retroceder", disse, antes.

Os PMs Adeildo dos Santos e José Geraldo da Silva, que estava de plantão na casa de praia de PC na noite do crime, receberam o que se chama de "clemência" (perdão) dos sete jurados, algo que "não é frequente" segundo o juiz do caso, Maurício Breda.

Segundo Mousinho, há um momento enquanto o júri responde aos quesitos em que se pergunta se preferem inocentar o réu "mesmo achando que ele é o autor do crime".

O advogado dos ex-seguranças, José Fragoso, disse que a decisão do recurso pertence à Promotoria. Fragoso se reuniu ontem à tarde com o ex-deputado federal Augusto Farias, irmão de PC.

Fragoso também defende Augusto, que chegou a ser indiciado em 1999 pela polícia alagoana pela suspeita de ser o mandante do crime. O inquérito foi arquivado em 2002 no Supremo Tribunal Federal por falta de provas.


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