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Análise

Crise entre PMDB e Planalto pode ter impacto na sucessão

IGOR GIELOW DIRETOR-EXECUTIVO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Independentemente do desfecho, uma resultante da crise da Medida Provisória dos Portos será o ambiente mais conflagrado entre o Planalto e o seu maior sócio, o PMDB.

Demonizar o líder peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), como foi feito pelos dilmistas, pode sair pela culatra. Ele chegou ao cargo com a anuência, forçada pelas circunstâncias, do vice Michel Temer (SP). Ainda que no debate sobre a medida Temer tenha se alinhado a Dilma, a perda de controle sobre "seu" feudo do PMDB (a Câmara) fica evidente.

Além disso, o atrito com Cunha aumenta o desconforto da facção fluminense do PMDB, que já anda irritada com o governo e o PT pela insistência em lançar uma candidatura petista à sucessão do governador Sérgio Cabral.

A sensação no governo de que Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, não enquadrou a confusa sessão de anteontem de propósito aumenta o azedume. No Senado, quem nadou de braçadas foi Renan Calheiros (PMDB-AL), que prometeu tudo ao Planalto caso o texto passasse na Câmara.

Os bombeiros entraram em ação ontem, e costuraram o acordo que contemplou Cunha. Como aconteceu durante toda a desastrada condução da área de articulação política de Dilma no caso, fica a impressão de que foi tarde.

Com a montagem dos palanques para a eleição de 2014 em curso, sobram desconfianças mútuas. E há o imponderável: interesse contrariado é a melhor fonte para revelar escândalos.


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