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Setor portuário faz elogios ao projeto e promete investir

Governo espera investimentos de R$ 54 bilhões até 2017, dos quais R$ 23 bilhões para ampliar terminais privados

Palácio do Planalto ainda estuda se vai vetar as emendas que prorrogam os contratos em terminais públicos

AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

O setor portuário promete investir mais de R$ 44 bilhões nos atuais e em novos terminais após a mudança regulatória votada pelo Congresso Nacional esta semana. O governo espera investimentos ainda maiores, de R$ 54 bilhões até 2017 --dos quais R$ 41 bilhões das empresas e R$ 13 bilhões em obras públicas.

Empresários são unânimes em dizer que o fim da distinção entre carga própria e de terceiros no novo regime de terminais privados "vai destravar" investimentos e promover novo ciclo de expansão do setor, similar ao que ocorreu após 1993 com a lei de modernização dos portos.

"Agora estão colocadas as condições necessárias para que o investidor privado venha para essa área", disse Ralph Terra, vice-presidente executivo da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base).

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, classificou a mudança votada no Congresso como o "fechamento de um ciclo de importantes reformas do marco regulatório" no Brasil.

A Odebrecht Transport, sócia da DP World no projeto da Embraport, em Santos, considerou a lei "um marco histórico para superar os entraves ao desenvolvimento". "Agora estão abertos os caminhos para novos investimentos", disse em nota.

Dos R$ 41 bilhões que as empresas prometem investir, R$ 23 bilhões seriam nos terminais privados, liberados para transportar qualquer carga --antes só levavam produtos de seus proprietários.

Os outros R$ 18 bilhões viriam de companhias interessadas em explorar terminais nos portos públicos. O plano do governo era relicitar a maior parte das áreas hoje em poder dessas companhias, mas o Congresso introduziu duas emendas no texto-base.

EMENDAS EM ESTUDO

Uma garante que terminais com contratos anteriores a 1993 tenham direito a explorá-los por mais um período e outra diz que terminais com contratos após 1993 possam ter seu termo renovado a critério do governo. O Planalto é contrário às duas emendas e analisa se vai vetá-las.

O presidente da ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), Willen Mantelli, defendeu a renovação dos contratos de arrendamento de terminais nos portos públicos. Segundo ele, os terminais vinculados à ABTP têm, engavetados, projetos que somam R$ 44 bilhões.

Um deles é o da Santos Brasil, maior terminal de contêineres do país. A empresa, controlada pelo Opportunity, de Daniel Dantas, e pela Multi STS Participações S.A., de Richard Klien, tem um projeto de R$ 700 milhões para ampliar o cais de atracação para elevar a capacidade de recepcionar grandes navios.

A Centronave, organização que reúne companhias de navegação que movimentam 95% de todo o comércio exterior brasileiro, considerou o novo marco regulatório um "enorme avanço". Segundo Claudio Loureiro de Souza, diretor-executivo do Centronave, a primeira mudança será o aumento de pelo menos 15% no número de linhas que ligam o país ao exterior.

"Nenhuma empresa de navegação consegue hoje uma janela de atracação' nos portos brasileiros. Ninguém consegue hoje uma vaga para uma nova linha para a China", disse. A expansão dos terminais viabilizaria a atracação de navios superiores a 300 metros de comprimento.


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