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Valdemar quer tratamento igual ao de Duda

STF ignora prova semelhante à que serviu para absolver publicitário no mensalão, diz advogado

Defensor pede que corte considere como prova uma reunião entre Valdemar Costa Neto e o PT em 2002

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

Condenado a sete anos e dez meses de prisão no julgamento do mensalão, o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) quer receber do Supremo Tribunal Federal o mesmo tratamento que o publicitário Duda Mendonça, que também recebeu dinheiro do esquema, mas acabou absolvido pelo STF.

Para o advogado Nilo Batista, recentemente incorporado à defesa de Valdemar, o Supremo não levou em conta provas que poderiam ter beneficiado seu cliente e agiu diferentemente ao analisar o caso de Duda.

O STF concluiu que Duda fez um acordo com o PT na campanha eleitoral de 2002 e recebeu como pagamento dinheiro sem origem declarada, mas foi absolvido. Como publicitário, tinha dívida a receber.

No caso de Valdemar, seu partido fez um acordo com o PT numa reunião em junho de 2002, em que se decidiu que a legenda teria direito a compartilhar o caixa eleitoral com os petistas em troca do apoio à campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. O dinheiro só foi repassado mais tarde, após a posse de Lula.

O argumento de Batista, em entrevista à Folha e ao UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha), é que há uma contradição entre o tratamento recebido por Valdemar do STF e o que Duda mereceu.

EXIGÊNCIAS

O publicitário foi absolvido porque, para a maioria dos ministros do STF, ele não sabia da origem ilícita do dinheiro que recebeu e cumpriu todas as exigências legais da época ao movimentar os recursos no exterior.

Valdemar foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Os ministros do STF concluíram que o dinheiro do mensalão foi repassado a ele para comprar o apoio do seu partido no Congresso --e não para quitar dívidas da campanha de 2002.

Em recurso apresentado ao STF, Batista pede que os ministros voltem a considerar os testemunhos sobre o encontro em que o acordo de Valdemar com o PT foi selado, e que seriam favoráveis à tese da defesa.


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