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Ministro diz que boato pode ter sido orquestrado

Para Cardozo, hipótese não pode ser afastada devido à 'sintonia' da ação

Falsa notícia de que o Bolsa Família seria extinto provocou corrida a agências da Caixa no fim de semana

DE BRASÍLIA

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou ontem que houve uma ação de muita "sintonia" para espalhar a falsa notícia sobre o fim do programa Bolsa Família, boato que acabou levando milhares de pessoas a agências da Caixa Econômica Federal no fim de semana.

Embora tenha deixado claro que as investigações da Polícia Federal ainda estão em andamento, Cardozo disse que "não pode afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração" e que os sinais coletados até aqui levam a "cogitar" essa teoria.

"Eu não posso afirmar isso ainda [que foi uma ação planejada]. Agora, evidentemente houve uma ação de muita sintonia em muitos pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente", disse.

Segundo a Folha apurou com duas autoridades do governo, a PF já identificou alguns "IPs" (Internet Protocol, na sigla em inglês) supostamente combinando o rumor, o que reforçaria a hipótese de ação orquestrada.

O "IP" é uma espécie de "carteira de identidade" de um computador, um endereço que indica o local de um equipamento a partir de uma rede privada ou pública.

A Polícia Federal investiga o caso desde domingo. A instituição não comenta oficialmente o andamento das apurações, mas um dos policiais envolvidos diz que já está descartada a hipótese de que o boato tenha se originado nas redes sociais.

Nessa avaliação, a internet contribuiu para transformar o boato em uma bola de neve, se espalhando, em poucas horas, em 13 Estados, conforme balanço divulgado anteontem pela Caixa.

TORPEDOS

Ontem, o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela gestão do Bolsa Família, informou que mudará os procedimentos de comunicação com as 13,8 milhões de famílias beneficiárias do programa.

Segundo a ministra Tereza Campello, a pasta estabelecerá um serviço constante de envio de mensagens aos beneficiários que possuem telefone celular --grupo cujo tamanho não foi informado.

A ideia é criar um canal de comunicação direta e tentar impedir problemas como o do fim de semana.

O governo diz que estuda solicitar ao beneficiário o número do telefone celular nos processos de atualização de seus dados.


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