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Ex-chefe do DOI-Codi, Ustra é alvo de várias ações

DE SÃO PAULO

O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, 80, é acusado de comandar torturas em ex-presos políticos no período em que chefiou o DOI-Codi de São Paulo, de 1970 a 1974.

Em 2008, ele se tornou o primeiro militar a ser declarado pela Justiça como torturador do regime. A ação civil foi movida pela família Teles, que teve cinco integrantes presos no DOI-Codi em 1973.

Entre eles, Maria Amélia Teles, que se lembra de ter sido agredida pelo próprio Ustra. "Ele me deu um safanão no rosto com as costas da mão e disse: Tirem essa terrorista daqui'."

O militar também foi o primeiro agente da ditadura condenado, em 2012, a pagar reparação financeira a familiares de uma vítima da repressão, no caso do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto em 1971 em decorrência de torturas. Ustra recorre das duas condenações.

Além das duas ações na área cível, ele também é alvo de três denúncias criminais. Uma foi aceita e tramita na Justiça paulista, outra foi rejeitada e a Procuradoria recorreu. A mais recente foi apresentada em abril, e a Justiça ainda não decidiu se abrirá processo.

Levantamento do projeto "Brasil Nunca Mais" aponta que 502 pessoas foram torturadas no DOI-Codi sob o comando de Ustra. Já o relatório sobre mortos e desaparecidos "Direito à Memória e à Verdade" lista 47 casos de sequestros e homicídios no período.

Há ainda ex-presos políticos que afirmam ter sido torturados pessoalmente pelo militar, como o vereador Gilberto Natalini (PV-SP) e o deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP).

O advogado de Ustra, Paulo Alves Esteves, afirma que seu cliente nega ter praticado tortura contra Maria Amélia Teles, Gilberto Natalini e Adriano Diogo ou ter comandado torturas contra outros presos.

"Ele diz que essas pessoas se conluiam contra ele e que é tudo mentira", afirmou o advogado.


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