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Corpo de Roberto Civita é cremado na Grande SP

Amigos e políticos destacam o modo como combinou jornalismo e negócios

Dilma afirma que o empresário fez da editora Abril 'uma referência'; para FHC, ele foi 'um gigante'

DE SÃO PAULO

O corpo do empresário Roberto Civita, presidente do Grupo Abril e editor da revista "Veja", foi cremado ontem em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Ele morreu domingo, aos 76 anos, de complicações sofridas após uma cirurgia há três meses.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff elogiou o empresário: "Sob o seu comando, a editora Abril consolidou-se como uma referência".

A assessoria da Abril anunciou que o vice-presidente Michel Temer representaria Dilma na cerimônia, mas ele não apareceu. A assessoria disse que Temer teve um contratempo em Foz de Iguaçu (PR).

Civita foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de um aneurisma abdominal no Carnaval. A artéria se rompeu na operação e ele perdeu muito sangue. Depois, teve uma infecção no intestino, problemas nos rins e o rompimento de uma úlcera no estômago.

Amigos, empresários e políticos ressaltaram no velório ontem a maneira como Civita conciliava suas atividades de jornalista e empresário.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou ao velório após ir à missa de sétimo dia de Ruy Mesquita, diretor de Opinião de "O Estado de S. Paulo", que morreu na terça-feira, falou sobre o peso da dupla: "São dois gigantes, que têm noção da importância da imprensa. [Isso] faz falta à democracia".

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acentuou o apreço do empresário pela liberdade de imprensa: "Roberto Civita carregava a coragem no seu DNA. Foi injustamente atacado e não se acovardou".

Também estiveram no velório o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-governador José Serra, os banqueiros Lázaro Brandão e Luiz Trabuco, presidente do conselho e presidente do Bradesco, respectivamente, e o empresário Marcelo Odebrecht, presidente do grupo Odebrecht.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação, destacou a ligação do empresário com a área: "Travamos longos debates sobre educação. Uma das características do Grupo Abril foi o compromisso com o setor educacional".

Luiz Frias, presidente do Grupo Folha, afirmou no velório: "Roberto Civita foi a melhor e mais sofisticada combinação de empresário e editor que conheci".

Ele deixa a mulher, Maria Antonia, três filhos do primeiro casamento, Giancarlo, Roberta e Victor, e seis netos. Giancarlo assumiu as funções do pai no Grupo Abril.


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