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Renan afirma que tensão entre governo e Congresso é 'natural'

DE BRASÍLIA

Em meio à crise do PMDB com o governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que tensões são "naturais" e que a relação com o Planalto vai "muito bem".

Ele justificou a perda de validade da medida provisória que reduziu as tarifas de energia por "um compromisso com a Casa e com o país". Segundo o acordo, só seriam votadas MPs que chegassem ao Senado com ao menos sete dias para análise.

Na quarta-feira, em reunião com o vice-presidente Michel Temer, a cúpula do PMDB criticou as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Para os congressistas, elas deveriam ter interrompido a tramitação da matéria para evitar desgastes. Ideli foi criticada por falta de liderança na condução do grande número de partidos aliados no Congresso.

Na plenária que resultou na derrocada da MP, Renan chegou a desligar uma ligação de Gleisi. Na sequência, a presidente Dilma Rousseff telefonou para acalmá-lo.

Ontem, em um afago à presidente, Renan disse que Dilma "compreende muito bem" o funcionamento das instituições e que entendeu sua decisão.


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