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PT apressa escolha de candidato em SP
Vantagem de Alckmin no Datafolha faz partido antecipar para julho definição de nome ao governo do Estado
Petistas temem que Lula adie decisão para facilitar alianças de Dilma; Skaf diz que há margem para renovação
O PT de São Paulo pretende concluir em até 30 dias a escolha de seu candidato para disputar o governo do Estado em 2014, eleição que é considerada prioritária pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Datafolha mostrou ontem que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) seria reeleito em primeiro turno em três dos quatro cenários pesquisados. O petista com melhor desempenho contra o tucano seria o próprio Lula, que tem 26% das intenções de voto contra 42% do governador.
Como o ex-presidente descarta ser candidato por ora, dirigentes do partido no Estado afirmam que a pesquisa deixa clara a necessidade de o PT definir o quanto antes seu postulante ao Palácio dos Bandeirantes.
A ideia é bater o martelo até meados de julho para que o escolhido já possa percorrer o Estado no segundo semestre apresentando-se como opção a Alckmin.
Segundo o Datafolha, o governador obtém seus melhores índices de aprovação e intenção de voto no interior.
Lula já defendeu que a escolha não seja "precipitada", e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, tem como prioridade a construção de alianças para a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Dirigentes em São Paulo, contudo, afirmam que a antecipação da campanha é essencial para tornar o candidato escolhido competitivo.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, preferido da cúpula petista, nunca disputou uma eleição e apareceu com 3% no Datafolha.
Também estão cotados os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Guido Mantega (Fazenda). Aloizio Mercadante (Educação) diz ter desistido da disputa.
A decisão, dizem líderes do PT, será tomada por Lula, mas terá de ser avalizada pela presidente Dilma.
'RENOVAÇÃO'
Oscilando entre 13% e 16% nos principais cenários pesquisados, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), disse que "é legítimo que as pessoas queiram renovar".
O PMDB também quer que ele percorra o Estado até setembro, quando estrelará as inserções de TV da sigla.
Em viagem a Paris, Alckmin afirmou que a eleição ainda está distante: "Só há dois ansiosos [com o pleito]: os jornalistas e os políticos".