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Dilma retoma agenda positiva após queda na popularidade

Presidente anuncia hoje crédito de até R$ 5.000 para compra de eletrodomésticos e móveis no Minha Casa, Minha Vida

Assim como em ocasiões anteriores, medida será objeto, em breve, de pronunciamento da petista no rádio e na TV

DE BRASÍLIA

Em um momento de queda de popularidade, a presidente Dilma retoma hoje sua estratégia de agenda positiva e anuncia o financiamento subsidiado de eletrodomésticos e móveis para beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida.

Na mesma linha de outras medidas de apelo popular, como a de redução da tarifa de energia elétrica e corte de tributos da cesta básica, a solenidade de hoje vai ser tema, em breve, de pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e TV.

Antecipada ontem pela coluna "Painel", da Folha, a estratégia do governo é montada pelo marqueteiro João Santana. O objetivo é combater a onda de notícias negativas das últimas semanas, que resultou na queda de oito pontos na popularidade da Dilma, segundo o Datafolha.

O governo enfrenta uma sequência de más notícias, como o pessimismo na economia --que levou o Banco Central a intensificar a alta de juros para frear a inflação--, os conflitos com grupos indígenas e o tumulto criado por boatos sobre o fim do programa Bolsa Família.

A anúncio sobre o Minha Casa, Minha Vida também reflete a preocupação da presidente com o setor produtivo: a expectativa é que o lançamento da linha de crédito ajude nas vendas, num esforço de recuperação da atividade industrial.

Nos últimos meses, o consumo das famílias desacelerou por causa da alta da inflação e do endividamento da da população, contribuindo para reduzir o ritmo de crescimento da economia.

A linha de crédito com juros subsidiados para aquisição de móveis e eletrodomésticos foi uma encomenda da própria presidente Dilma, depois de ela exigir mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, como a instalação de piso de cerâmica em todas as unidades.

CRÉDITO

A compra de móveis e eletroeletrônicos será feita via cartão de crédito oferecido pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil para quem já assinou o contrato do programa. O valor máximo do empréstimo será de R$ 5.000.

Atualmente, existe 1,9 milhão de mutuários do programa, e a previsão do governo é que esse número alcance 2,4 milhões de famílias no fim do ano que vem. A faixa de renda dos beneficiários da nova linha de crédito varia de R$ 1.600 a R$ 5.000.

A taxa de juros do financiamento será subsidiada pelo Tesouro Nacional e ficará em 5% ao ano. O prazo de pagamento do empréstimo, que chegou a ser cogitado em 60 meses, foi limitado a 48 parcelas mensais.

Dessa forma, uma família que decidir usar o valor total do financiamento terá de pagar prestações de R$ 114 mensais por quatro anos.

O governo também desistiu de fixar um kit de bens a serem adquiridos pelas famílias. No entanto, houve a definição de uma cesta de produtos (que vão de geladeira, fogão, aparelho de TV a móveis) selecionada pelo próprio governo e acertada com o setor varejista.

O cartão de crédito do Minha Casa só poderá ser usado em lojas credenciadas pelo governo federal.


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