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Em defesa da mulher, Cachoeira desafia governador a um duelo

DE BRASÍLIA

Condenado a quase 40 anos de prisão sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal, o empresário Carlos Cachoeira publicou ontem artigo em um jornal de Goiás em que chama o governador Marconi Perillo (PSDB) para a briga e o ameaça com a revelação de supostas irregularidades de seu governo.

A atitude de Cachoeira --que recorre da condenação em liberdade-- se deu após ele afirmar que a mulher, Andressa Mendonça, foi tratada pelo governo de Goiás como "penetra" em uma solenidade no Estado.

"Se quiserem saber onde estão os maiores problemas e as principais sangrias dentro desse governo, é só encarar a briga que estou pronto para o embate. Em bom brasileirês' falo com a cabeça erguida e com o peito arfante: cai pra dentro quem quiser que eu sustento o desafio. Escolham as armas."

Segundo a versão descrita por Andressa nas redes sociais, a assessoria de imprensa de Perillo divulgou que ela entrou sem ser convidada em um desfile beneficente na sexta-feira no Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás. Os ingressos para o evento custavam R$ 350.

"Estou pronto para o embate e não medirei esforço nem terei compaixão para defendê-la [Andressa] e desde já aviso que o céu será meu limite. Depois de entrar na arena para digladiar não permitirei recuo de quem quer que seja e só sairei dela vitorioso ou morto", diz Cachoeira no artigo publicado no jornal "Diário da Manhã".

No mesmo texto, ele ameaçou abrir a "caixa de Pandora" contra o tucano.

A referência é à investigação da Polícia Federal de 2009 -- batizada com o nome do mito grego sobre a origem dos males da humanidade-- que investigou irregularidades no governo do Distrito Federal. O caso resultou na queda do governador José Roberto Arruda, então no DEM.

"Minha esposa é uma mulher digna e honesta, que encara a vida e as dificuldades de cabeça erguida. Quando estive recluso na violência do cárcere, ela não me negou amparo, apoio, auxílio e sobretudo amor", escreveu.

Cachoeira foi o pivô de uma CPI no Congresso criada para investigar o envolvimento de políticos com o jogo ilegal. Em 2012, ele ficou preso durante 266 dias.

A assessoria de imprensa de Perillo negou que tenha tratado Andressa como "penetra". Segundo o governo, "essa senhora deve ter comprado um convite de uma das patronesses. Mas nenhuma se identificou".


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