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País em protesto

Petista adota prática política ultrapassada, diz oposição

Para Aécio, ela foge de responsabilidade; Marina critica fala calcada no 'marketing'

Na 1ª reunião para tratar dos protestos, bancada do PT decide encampar projeto para taxar grandes fortunas

DE BRASÍLIA

Prováveis adversários de Dilma Rousseff na eleição de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a ex-senadora Marina Silva (sem partido) criticaram ontem a proposta de realização de plebiscito para a reforma política. Para os dois, Dilma adota "velhas práticas políticas" para reagir aos protestos.

Em pronunciamento de mais de uma hora na tribuna do Senado, Aécio disse que Dilma "terceiriza" responsabilidades e não enfrenta, de fato, as reivindicações.

"O Brasil velho, do qual a presidente Dilma faz parte, tende sempre a terceirizar as responsabilidades. Essa proposta de constituinte é desnecessária e juridicamente duvidosa. É preciso que a presidente diga ao país qual é a reforma política que ela considera adequada", disse.

Para Marina, a atitude de Dilma baseou-se em "um modelo reativo, tradicional", com um discurso "orientado por profissionais do marketing que não surtiu efeito".

Líder do PSDB, o senador Aloysio Nunes Ferreira disse que Dilma "assumiu promessas de terrenos na lua" ao sugerir o plebiscito para se eximir-se de suas responsabilidades. Outros congressistas também criticaram a iniciativa de Dilma porque a consideram ilegal.

Aliado de Dilma, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) disse que a constituinte é um "mecanismo chavista" de governar, em referência ao falecido líder venezuelano Hugo Chávez. "Não apoiamos, nem estamos de acordo com a convocação desse plebiscito. É de um grande conteúdo demagógico."

Congressistas também reagiram ao pacote de votações anunciado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o Congresso não pode agir de forma açodada. "As piores ações que têm o objetivo de fazer o bem são aquelas que não foram feitas porque não tiveram o planejamento adequado."

GRANDES FORTUNAS

A bancada do PT na Câmara dos Deputados decidiu encampar a proposta de taxação das grandes fortunas. "O empresariado também tem que ajudar em alguma coisa. Por que só os cofres públicos?", disse o líder do PT na Casa, José Guimarães (CE).

A ideia de reativar uma reivindicação que conta com a simpatia dos movimentos sociais nasceu na primeira reunião convocada pelo PT para discutir as manifestações.

Preocupados com os protestos, petistas se queixaram da resistência da presidente Dilma ao diálogo e pregaram a necessidade de que o PT retome suas antigas bandeiras.

Entre as propostas, o PT decidiu apoiar o repasse de 10% do PIB para a Educação, além de 10% da receita da União para a Saúde. Guimarães pregou "uma revolução interna no PT".


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