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País em protesto

Barbosa diz ser preciso incluir o povo nos debates políticos

Após reunião com Dilma, presidente do STF critica partidos e 'conchavo de elites'

Favorito para suceder Dilma na opinião de manifestantes de SP, ministro nega intenção de disputar Presidência

DE BRASÍLIA

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, defendeu ontem a diminuição da influência dos partidos e a introdução de "pitadas de vontade popular" no sistema político atual.

Para Barbosa, o país vive uma crise de "representatividade" e de "legitimidade": "O Brasil está cansado de reformas de cúpula. Examinem a história do Brasil. Todos os momentos cruciais de nossa história tiveram soluções de cúpula. A Independência foi um conchavo de elites portuguesas e brasileiras".

O ministro não chegou a dizer se concorda com a realização de uma constituinte exclusiva para a elaboração da reforma política, mas disse ser favorável à realização de consultas populares. "Há uma consciência clara de que há uma necessidade no Brasil de incluir o povo [em tais discussões]", argumentou.

Barbosa falou à imprensa depois de se reunir com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

No encontro, o ministro deu sugestões sobre a reforma política, entre elas a adoção do voto distrital (Estados divididos em distritos para eleição de seus representantes), candidaturas sem vínculo partidário, hoje obrigatório ("Por que essa intermediação necessária de partidos políticos tão desgastada?"), e o fim dos senadores "sem voto" --os suplentes que assumem no lugar dos titulares.

"Essa é uma excrescência totalmente injustificável."

Barbosa também avalia que os recentes protestos poderão fazer com que o Supremo julgue mais rápido o processo do mensalão.

O presidente do STF também comentou o resultado de pesquisa do Datafolha que o aponta como o preferido dos manifestantes paulistanos para ocupar a Presidência da República (30% dos entrevistados). "Eu me sinto extremamente lisonjeado, apesar de não ser político."

Mas disse que não pensa em se lançar: "Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente da República. Tenho quase 41 anos de vida pública, acho que está chegando a hora. Chega."


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