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Senado mantém votação até na hora do jogo; Câmara fica vazia
DE BRASÍLIAEm uma prática incomum durante jogos da seleção brasileira de futebol, senadores mantiveram uma sessão de votação em funcionamento ontem no transcorrer do confronto entre Brasil e Uruguai, pela Copa das Confederações.
Enquanto a bola rolava no estádio do Mineirão, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduzia as votações --entre elas a que aprovou o projeto que transforma a corrupção e o homicídio em crimes hediondos.
No início da partida, o plenário estava cheio --havia 66 de um total de 81 senadores. Mas após 20 minutos, os senadores começaram a deixar o local, alguns se deslocando para os gabinetes.
A presença só voltou a se encorpar no plenário após o apito final e a vitória dos brasileiros sobre os uruguaios.
Na Câmara, apenas 10 dos 513 deputados marcavam presença no plenário no horário do jogo. Outros ficaram na sala de cafezinho, assistindo à televisão. Como não havia votação, quem faltou não terá desconto no salário. Os poucos congressistas se revezavam em longos discursos.
Gabinetes liberaram os funcionários, sob alegação de que as sessões no dia anterior haviam invadido a madrugada --um dos projetos aprovados, o que define novas regras para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados, passou por 344 votos contra 13.
O presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN), aproveitou a tarde tranquila para receber líderes de manifestações.