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País em protesto

Deputado descumpre acordo e não aparece na polícia em Brasília

Donadon não se entrega; agentes fazem buscas, mas não encontram parlamentar que STF mandou prender

Câmara vai fazer hoje nova tentativa para notificar parlamentar sobre abertura do processo de cassação

DE BRASÍLIA

Primeiro deputado com ordem de prisão no exercício do mandato desde a redemocratização do país, Natan Donadon (PMDB-RO) descumpriu acordo fechado com a Polícia Federal para se entregar.

A defesa dele tinha acertado que até o início da tarde de ontem o parlamentar se apresentaria na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele não apareceu.

Ao longo do dia a Polícia Federal negociou com o advogado Nabor Bulhões para tentar viabilizar a prisão.

O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, foi acionado. Acertou-se que Donadon não seria exposto. Uma das preocupações dele era com a sua imagem sendo preso por agentes da PF.

O deputado começou a ser procurado no fim da tarde de anteontem, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a imediata prisão do parlamentar.

Agentes foram ao apartamento funcional e ao gabinete de Donadon, mas, até a conclusão desta edição, o deputado não havia sido preso.

O parlamentar foi denunciado em 1999 e condenado em outubro de 2010, quando a corte entendeu que ficou comprovada a participação dele em um esquema na Assembleia de Rondônia.

Segundo as apurações, houve um desvio de R$ 8,4 milhões por meio de simulação de contratos de publicidade. Ontem, os ministros do STF entenderam que não cabia mais chance para recursos e determinaram a prisão. A defesa ainda estuda pedir uma revisão criminal.

Como Donadon não foi encontrado, a Câmara não conseguiu notificá-lo da abertura do processo de cassação de mandato. Emissários da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) devem fazer hoje uma nova tentativa.

Se não for localizado, a abertura do processo será publicada no "Diário Oficial da União", abrindo o prazo de cinco dias para a apresentação da defesa.

Depois da CCJ, o processo de perda do mandato terá de passar pelo plenário da Câmara. Precisa ser aprovado por 257 deputados.

O PPS pediu a decretação da cassação imediata de Donadon. A expectativa é que a solicitação seja rejeitada. O entendimento é que cabe ao parlamentar o amplo direito de defesa, mesmo com a condenação criminal.


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