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Marcha para Jesus vira ato de desagravo a Feliciano

Após série de manifestações contra projeto da 'cura gay', deputado é estrela de megaevento evangélico em SP

FLÁVIO FERREIRA DE SÃO PAULO

A 21ª edição da Marcha para Jesus, megaevento evangélico que tomou as ruas de São Paulo ontem, virou ato de desagravo ao pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). A Polícia Militar estimou que 500 mil pessoas participaram da passeata seguida de shows.

Feliciano preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e entrou na mira de manifestações em todo o país em razão de o colegiado ter aprovado projeto que permite a psicólogos a realização de tratamento conhecido como "cura gay". Em atos do movimento gay, são comuns cartazes com a frase "Feliciano não me representa".

Ontem, a resposta do deputado começou pela roupa. No alto do trio elétrico principal da marcha, Feliciano vestia a camiseta do evento com o acréscimo dos dizeres "eu represento vocês".

Indagado sobre o tema, o deputado disse: "Eu represento um segmento conservador da sociedade, um segmento família da sociedade. Esses aqui eu represento."

No trajeto, ele fez uma oração para o público sobre "os valores da família". Depois, no palco de shows, Feliciano foi aplaudido a ser anunciado, mas não fez discurso para a plateia.

Antes de deixar o local, comemorou: "o meu povo me conhece. Estar aqui hoje para mim é sair do limbo do inferno e chegar ao céu".

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho compareceu ao evento e afirmou levar uma mensagem da presidente Dilma Rousseff. "Ela pediu para mandar a vocês a saudação e a afirmação de que o Brasil é um país onde, graças a Deus, nós conseguimos vivenciar a liberdade religiosa", disse ao público.

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin foi pela primeira vez à marcha, com sua mulher, mas não discursou. Diferentemente de Carvalho, foi agraciado com uma oração feita pelos líderes da igreja Renascer em Cristo, organizadora da marcha.

No evento havia faixas alusivas às recentes manifestações no país, com mensagens como "Queremos os mensaleiros na cadeia" e "Procurando Lula". Eram exibidas por pessoas que disseram integrar a igreja Assembleia de Deus do Rio de Janeiro.


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